Ineficazes e injustas
Cortar nas remunerações dos profissionais da PSP e da GNR é uma medida que as associações representativas rejeitam e contra a qual apresentaram providências cautelares na semana passada.
Na nota em que confirmou estar feita aquela diligência, dia 5, a ASPP/PSP afirma que «o combate ao défice não pode ser feito à custa das remunerações dos trabalhadores da Administração Pública que, ao longo dos últimos anos, têm sido utilizados como bodes expiatórios de todos os males do Estado». Lembra ainda que «já em 2007, aquando dos congelamentos salariais e das carreiras, esta era a solução apontada, que veio no entanto a verificar-se ineficaz», pois «de outro modo, não estaríamos de novo a enfrentar uma crise orçamental».
A APG/GNR, cuja providência cautelar foi entregue dia 7, «não aceita que se argumente “interesse público” ou sequer o combate ao défice para fazer recair sobre os profissionais da GNR as consequências desastrosas de medidas e políticas que não só não resolveram a actual crise económica e social, antes a agravaram e originaram mais medidas deste tipo, igualmente injustas e ineficazes» - como refere na informação publicada no seu sítio na Internet.
Para contestar a redução salarial no Grupo RTP, na agência Lusa e no Jornal da Madeira, o Sindicato dos Jornalistas decidiu propor uma acção colectiva, no Tribunal de Trabalho de Lisboa, em defesa da garantia de manutenção do valor das retribuições.