Não à intolerância religiosa

O Par­la­mento aprovou na pas­sada se­mana, por una­ni­mi­dade, um voto de con­de­nação do ataque à bomba que pro­vocou 21 mortos na noite de pas­sagem de ano a uma igreja cristã na ci­dade egípcia de Ale­xan­dria.

Da ini­ci­a­tiva do CDS/​PP, o voto foi re­di­gido em ordem a ser «o mais con­sen­sual pos­sível», vi­sando apelar ao fim da «vaga de in­to­le­rância re­li­giosa», de acordo com as pa­la­vras do seu de­pu­tado Fi­lipe Lobo d’Ávila.

O PCP, pela voz do seu líder par­la­mentar, as­so­ciou-se ao voto de con­de­nação do aten­tado, não dei­xando con­tudo de se de­marcar de forma clara do que clas­si­ficou de «uso in­de­vido» que al­guns fazem da­quela que é uma pre­o­cu­pação com a vi­o­lência para atin­girem outro tipo de ob­jec­tivos. Ora foi exac­ta­mente o que fez o PSD, através do de­pu­tado Mendes Bota, que, a des­pro­pó­sito, foi buscar as FARC co­lom­bi­anas para dizer que «as­sas­sinam cris­tãos», di­zendo ainda que «em Cuba, China e Co­reia do Norte ser cristão sig­ni­fica per­se­gui­ções e re­ta­li­ação dis­cri­mi­nação».

Ca­ti­li­nária an­ti­co­mu­nista que sus­citou uma forte re­acção de Ber­nar­dino So­ares, con­si­de­rando-a «ina­cei­tável» face à pró­pria «dig­ni­dade do tema pro­posto».

E que não tem li­gação com a re­a­li­dade, frisou, fa­zendo notar ao de­pu­tado la­ranja que este es­taria pro­va­vel­mente es­que­cido da vi­sita do papa a Cuba e que pro­va­vel­mente ig­no­raria que o Es­tado cu­bano fi­nancia a re­cu­pe­ração de igrejas ca­tó­licas.

«Antes de des­tilar a sua sanha pre­o­cupe-se com o que aqui está em causa: a vi­o­lência com fun­da­mentos re­li­gi­osos», acon­se­lhou Ber­nar­dino So­ares a Mendes Bota.



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