A CDU em Mafra reuniu no início do ano para fazer o ba­lanço de um ano de man­dato au­tár­quico, ana­lisar a si­tu­ação so­cial e das au­tar­quias no con­celho e pers­pec­tivar me­didas para res­ponder aos pro­blemas da po­pu­lação. Esta ini­ci­a­tiva contou com a pre­sença de Carlos Cha­parro, da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Lisboa do PCP.

O de­bate su­bli­nhou que a Câ­mara tem efec­tuado uma gestão rui­nosa, es­tando en­di­vi­dada muito acima do que é legal, o que se vai re­flectir na sua ac­ti­vi­dade nos pró­ximos anos. A CDU re­a­firmou o que tem vindo a dizer re­la­ti­va­mente à gestão «abu­siva», «au­to­ri­tária» e «de­sas­trosa» para os in­te­resses dos mu­ní­cipes, apon­tando como exemplo o au­mento do preço da fac­tura da água, em 2011, em 17 por cento. Para de­nun­ciar esta si­tu­ação, os eleitos do PCP estão a pro­mover um abaixo-as­si­nado, que já conta com mais de 600 as­si­na­turas. «Re­corde-se que a ex­plo­ração da água em Mafra foi en­tregue à com­pa­nhia fran­cesa Gé­né­rale des Eaux, agora Ve­olia, com os votos a favor do PSD e do PS, e contra da CDU», lê-se na subs­crição.

Na reu­nião abordou-se ainda a si­tu­ação de­cor­rente do Au­di­toria do Tri­bunal de Contas à Câ­mara de Mafra, que deu conta da prá­tica de ile­ga­li­dades, no­me­a­da­mente nas re­la­ções com as em­presas mu­ni­ci­pais Pa­vi­mafra e Ma­fra­tlan­tico, a quem foram en­tre­gues obras com fa­vo­re­ci­mentos e sem con­cursos.

A CDU cri­ticou, de igual forma, a não des­cen­tra­li­zação de verbas da au­tar­quia para as juntas de fre­guesia, que as im­pos­si­bi­lita de gerir a sua ac­ti­vi­dade, assim como a po­luição dos rios e o au­mento dos aterros de lixo e de li­xeiras.