Em Março de 1961, o Comité Central elegeu Álvaro Cunhal Secretário-geral do Partido.
Assim era preenchido um cargo que estivera vago durante 25 anos – desde a prisão e a morte de Bento Gonçalves, no Tarrafal.
A não existência de um secretário-geral durante um tão longo período de tempo decorreu do facto de se ter considerado que, nas condições concretas existentes, à altura, no plano partidário, era difícil e poderia revelar-se inconveniente a escolha de um camarada para tal cargo.
Registe-se, no entanto, que essa decisão viria a ter profundas e positivas consequências na vida do Partido, designadamente na evolução do trabalho de direcção, na medida em que contribuiu decisivamente para a criação, a prática e a posterior institucionalização da direcção colectiva e do trabalho colectivo.
Sublinhe-se que a eleição de Álvaro Cunhal para o importante cargo não alterou, em nada, as tarefas e as responsabilidades individuais de qualquer dos membros da direcção do Partido – a começar pelo próprio Secretário-geral eleito.
Álvaro Cunhal foi Secretário-geral do PCP até 1992.