Madrid pede proibição de Sortu

O go­verno es­pa­nhol pediu, no dia 3, ao Su­premo Tri­bunal que ile­ga­lize o novo par­tido po­lí­tico Sortu, criado pela es­querda in­de­pen­den­tista basca, em cujos es­ta­tutos ex­pres­sa­mente se con­dena e re­jeita o uso da vi­o­lência para o al­cance de ob­jec­tivos po­lí­ticos.

To­davia, na opi­nião do ad­vo­gado-geral do Es­tado, Jo­a­quin de Fu­entes Bar­daji, a re­cusa da vi­o­lência não sig­ni­fica que o novo par­tido seja re­al­mente in­de­pen­dente da or­ga­ni­zação ar­mada. Sem re­ferir provas, Bar­daji afirmou que a ETA «uti­liza o Sortu para par­ti­cipar nas elei­ções e, por­tanto, nas ins­ti­tui­ções lo­cais a partir de Maio».

A ile­ga­li­zação do Ba­ta­suna, em 2002, e das for­ma­ções que o su­ce­deram im­pediu a es­querda in­de­pen­den­tista basca de se apre­sentar a qual­quer acto elei­toral em Es­panha. O novo par­tido basco pre­tende con­correr às au­tár­quicas de 22 de Maio.

Em con­for­mi­dade com a lei dos par­tidos es­pa­nhola, os es­ta­tutos do Sortu ex­cluem o «uso da vi­o­lência ou da ameaça de uti­li­zação para con­se­guir ob­jec­tivos po­lí­ticos, in­cluindo a vi­o­lência da ETA, se existir, em qual­quer das suas ma­ni­fes­ta­ções». Por seu lado, a ETA de­clarou a 10 de Ja­neiro um cessar-fogo geral e per­ma­nente.



Mais artigos de: Breves Europa

País de Gales vota por mais autonomia

Num referendo cuja participação não foi além dos 35,5 por cento, a maioria dos eleitores (63,5%) pronunciou-se pelo alargamento das competências legislativas do parlamento, face ao poder de Londres. Neste escrutínio, realizado dia 3, o «Sim» venceu em 21 dos 22...

Nova crise financeira está à porta

O governador do Banco de Inglaterra, Mervyn King, avisou, dia 5, que uma nova crise financeira pode abalar de novo o sistema bancário britânico. Numa entrevista ao Daily Telegraph, apontou o apetite desmesurado por lucros e a cultura dos resultados a curto prazo, associada a sumarentos prémios aos...

Grã-Bretanha reduz efectivos militares

O Ministério da Defesa britânico anunciou, dia 1, a extinção de 11 mil efectivos das forças armadas, no quadro do programa de redução da despesa. Segundo o jornal The Guardian, a Força Aérea será o primeiro ramo a efectuar despedimentos, seguindo-se a...

Sindicatos checos apelam à luta

As principais confederações sindicais da República Checa promoveram, dia 4, uma jornada de protesto contra as reformas anti-sociais impulsionadas pelo governo para debelar os efeitos da crise económica. Na Praça da República, em Praga, os manifestantes não foram...