Madrid pede proibição de Sortu

O governo espanhol pediu, no dia 3, ao Supremo Tribunal que ilegalize o novo partido político Sortu, criado pela esquerda independentista basca, em cujos estatutos expressamente se condena e rejeita o uso da violência para o alcance de objectivos políticos.

Todavia, na opinião do advogado-geral do Estado, Joaquin de Fuentes Bardaji, a recusa da violência não significa que o novo partido seja realmente independente da organização armada. Sem referir provas, Bardaji afirmou que a ETA «utiliza o Sortu para participar nas eleições e, portanto, nas instituições locais a partir de Maio».

A ilegalização do Batasuna, em 2002, e das formações que o sucederam impediu a esquerda independentista basca de se apresentar a qualquer acto eleitoral em Espanha. O novo partido basco pretende concorrer às autárquicas de 22 de Maio.

Em conformidade com a lei dos partidos espanhola, os estatutos do Sortu excluem o «uso da violência ou da ameaça de utilização para conseguir objectivos políticos, incluindo a violência da ETA, se existir, em qualquer das suas manifestações». Por seu lado, a ETA declarou a 10 de Janeiro um cessar-fogo geral e permanente.



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