Cameron renuncia à venda das florestas
Cedendo à oposição crescente da opinião pública, o governo britânico anunciou, em 17 de Fevereiro, que desiste do projecto de privatização do domínio florestal do país, uma das medidas previstas para reduzir o défice das contas públicas.
Mesmo depois de os opositores terem demonstrado que o negócio era ruinoso para o Estado, para além das graves consequências que teria na preservação do património natural, o primeiro-ministro continuou a insistir no projecto, alegando que era uma forma de construir a sua «Big Society», na qual as comunidades serão supostamente chamadas a assumir funções e responsabilidades que o Estado tem dificuldade em cumprir.
Porém, David Cameron foi incapaz de conter a onda de indignação: mais de 530 mil britânicos assinaram uma petição contra a medida, enquanto as sondagens revelavam uma maioria esmagadora de 80 por cento de opositores.
A ideia, porém, não é nova. Já Margaret Thatcher e depois John Major tinham feito tentativas semelhantes que esbarraram com a contestação popular.