INEM fora de horas
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses contestou os novos horários impostos pelo conselho directivo do Instituto Nacional de Emergência Médica, para vigorarem a partir de 1 de Abril, avisando que pode ficar em causa a assistência às pessoas e vão aumentar os custos de funcionamento do serviço.
Da alteração dos horários dos enfermeiros em funções na ambulâncias de suporte imediato de vida (SIV), o SEP/CGTP-IN destaca a redução dos turnos, de 12 para oito horas.
Se o INEM alega elevado risco e penosidade, como pode abrir a possibilidade de, no novo horário, acumular dois turnos de oito horas, perfazendo assim um total de 16 horas ininterruptas? Quanto a uma alegada imposição legal para tal redução, o SEP lembra que nesse caso também a generalidade das instituições hospitalares do Norte do País terão que alterar os seus horários, uma vez que praticam turnos de 12 horas.
Com a necessidade de mais horas extraordinárias, haverá um aumento dos custos de funcionamento, afirma ainda o sindicato.
Por outro lado, devido ao encerramento dos SAP e Centros de Saúde, populações como as de Alijó, Régua e Paredes de Coura vão ficar sem qualquer meio de socorro a partir das 20 e até às 24 horas, altura em que entram em funcionamento as SIV.
O horário foi determinado sem qualquer negociação, como relata o sindicato. A 14 de Março, o conselho directivo do INEM apresentou ao SEP uma proposta para negociação sobre alteração dos horários de trabalho, mas passados seis dias úteis (a 23 de Março) emitiu uma circular normativa impondo a sua proposta.