O ANC apelou às autoridades locais para promoverem a democratização do país e o diálogo com as forças políticas e sindicais, levantando a proibição da acção dos partidos da oposição e admitindo o direito à manifestação e ao protesto.
A declaração do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) foi feita depois do governo da Suazilândia ter reforçado o contingente militar na capital, Mbabane, e na cidade de Manzini, medida que teve como objectivo impedir os anunciados protestos contra a monarquia liderada por Mswati III.
Informações divulgadas pela Lusa indicam que dirigentes do movimento sindical unitário daquele país foram detidos pelas autoridades antes das manifestações, agendadas para o dia 12 de Abril. A jornada que inicialmente deveria durar três dias foi, por isso, desconvocada.
Entretanto, numa concentração promovida junto à fronteira entre a África do Sul e a Suazilândia, o ANC, o Partido Comunista Sul-Africano e a maior central sindical sul-africana, a COSATU, deram duas semanas ao regime para iniciar o diálogo e as referidas reformas, caso contrário bloqueiam o trânsito entre os dois países.
Os suazes enfrentam uma grave crise económica e social e o movimento sindical daquele país exige a demissão do executivo e do rei. Os sindicatos contestam igualmente os benefícios concedidos a membros do governo, a imposição de uma nova taxa incluída na factura da electricidade e exigem medidas que resolvam as carências sentidas pelo povo.