Ditador argentino condenado a perpétua
O último ditador da Argentina, Reynaldo Bignone, de 85 anos, que esteve no poder em 1982 e1983, foi condenado, dia 15, a prisão perpétua por violação dos direitos do homem, pelo tribunal federal de San Martin, no Norte de Buenos Aires.
Em 2010, Bignone tinha já sido condenado a 25 anos de prisão pela «privação ilegal da liberdade e torturas de presos políticos».
O mesmo tribunal condenou também a prisão perpétua Luis Patti, ex-autarca da cidade de Escobar, o antigo general Santiago Omar Riveros e o ex-oficial Martin Rodriguez.
Desde a anulação das leis da amnistia de 2005, a justiça argentina condenou mais de 200 dirigentes da ditadura, além dos 800 polícias e militares igualmente julgados.
Entre 1976 a 1983, a ditadura militar fez cerca de 30 mil mortos e desaparecidos, segundo cálculos de associações argentinas.