140 anos do assalto aos céus em Paris

O proletariado toma o poder

Hugo Janeiro

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As­si­nalar os 140 anos da Co­muna de Paris de 1871 re­pre­senta mais do que a ce­le­bração de uma data de sig­ni­fi­cado uni­versal. Na pri­meira ten­ta­tiva de ins­tau­ração de um Es­tado pro­le­tário re­sidem im­por­tantes en­si­na­mentos que con­tri­buíram para o en­ri­que­ci­mento da te­oria que arma a classe ope­rária e os tra­ba­lha­dores de todo o mundo na luta pela su­pe­ração re­vo­lu­ci­o­nária do ca­pi­ta­lismo.

«Com a Co­muna de Paris, a luta da classe ope­rária com os ca­pi­ta­listas e o seu Es­tado en­trou numa nova fase. Corra a coisa como correr no ime­diato, está ganho um novo ponto de par­tida de im­por­tância his­tó­rico-mun­dial», con­si­derou na al­tura Karl Marx.

O ca­minho aberto pelos com­mu­nards fran­ceses teve na Re­vo­lução de Ou­tubro de 1917 bri­lhante con­sequência. Na Rússia de Lé­nine, triunfou um Es­tado ver­da­dei­ra­mente de­mo­crá­tico, a di­ta­dura do pro­le­ta­riado, base do pro­jecto que con­tinua a ser o fu­turo da hu­ma­ni­dade, o So­ci­a­lismo e do Co­mu­nismo.

 



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