- Nº 1951 (2011/04/20)
Açores

CDU exige eleições livres

Nacional

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Na cerimónia de apresentação da lista de candidatos da CDU pelo círculo eleitoral dos Açores, que se realizou no dia 9 de Abril, na Horta, José Decq Mota, cabeça de lista, salientou que «este tempo» exige a disponibilidade de todos «para ir à luta» e de contribuir, de imediato, «para uma significativa alteração na correlação de forças, no plano político e no plano institucional».

Na sua primeira intervenção como candidato da CDU, Decq Mota lembrou que as próximas eleições «têm que ser verdadeiramente livres e não condicionadas, nem pela União Europeia, nem pelo FMI, nem pela Presidência da República, nem por ninguém», e que as mesmas «não podem servir para branquear a desgraçada acção governativa desenvolvida pelo PS nos últimos seis anos». «As próximas eleições e os seus debates preparatórios têm que servir para mostrar que são possíveis outras políticas que, partindo da realidade actual que é má, possibilitem um desenvolvimento justo e harmonioso de todo o País», afirmou.

No que respeita às questões específicas da Região Autónoma dos Açores, o cabeça de lista frisou que é «essencial» que a Assembleia da República e os outros órgãos de soberania «respeitem a capacidade estatutária própria dos órgãos autonómicos de realizarem políticas específicas adequadas à nossa realidade própria», que «os instrumentos reguladores do relacionamento entre o Estado e a Região Autónoma, com destaque para a Lei das Finanças Regionais, sejam respeitados e sejam estáveis» e que «as funções que o Estado exerce no território da Região e que se prendem especificamente com as áreas da justiça, defesa e segurança, sejam desenvolvidas com critérios muito rigorosos e que visem sempre as soluções adequadas à nossa realidade insular e distante».

Esta iniciativa contou ainda com a intervenção de Aníbal Pires, mandatário da CDU, que considerou as eleições de 5 de Junho «um importante momento de clarificação da vida política nacional e um momento para fazer opções políticas claras».

«A opção não pode ser pela continuidade da submissão a interesses externos que destruíram a economia nacional, pelo aprofundamento de uma política de direita e de matriz neoliberal que mais não fará que dar continuidade à destruição do que ainda resta do sector produtivo regional e nacional, de liberalização das leis laborais, com o consequente aumento da precariedade laboral, do desemprego, da pobreza e da exclusão e pelo desmantelamento e privatização dos sectores sociais do Estado», denunciou.