Comício em Pevidém dá mais força à CDU

O voto que não trai

Luís Gomes (texto)
Ana Ambrósio(fotos)

«Os jo­vens serão as prin­ci­pais ví­timas da po­lí­tica de di­reita», avisou Je­ró­nimo de Sousa, num co­mício, dia 20, em Pe­vidém, Gui­ma­rães, no dis­trito de Braga, sa­li­en­tando que para o evitar só o voto na CDU conta.

«Se a po­lí­tica for a mesma, os re­sul­tados não serão di­fe­rentes»

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Re­cor­dando a «brutal de­te­ri­o­ração das con­di­ções de vida e de tra­balho, agra­vadas com o pro­grama de aus­te­ri­dade e os PEC, acor­dados entre o Go­verno PS e a di­reita» e o acordo com a «troika es­tran­geira», Je­ró­nimo de Sousa avisou a ju­ven­tude do dis­trito de Braga que os jo­vens «serão quem mais pa­gará as con­sequên­cias pro­vo­cadas pelos au­mentos da pre­ca­ri­e­dade, do de­sem­prego, dos im­postos, dos custos com a saúde, a edu­cação e a ha­bi­tação, os cortes so­ciais, do au­mento da po­breza, os cortes so­ciais, os baixos sa­lá­rios e pen­sões».

«Falam mais alto os in­te­resses do grande ca­pital fi­nan­ceiro», acusou.

Num co­mício que contou antes das in­ter­ven­ções po­lí­ticas com a ani­mação e a mú­sica de Jorge Lomba, o Se­cre­tário-geral do PCP re­cordou o au­mento da emi­gração e con­denou a in­tenção do PS e da di­reita de pre­ten­derem «des­re­gu­la­mentar ainda mais as re­la­ções de tra­balho».

Sa­li­en­tando a grande par­ti­ci­pação de ju­ven­tude nas listas dis­tri­tais, o Se­cre­tário-geral do PCP apelou aos jo­vens para que «con­fiem em si pró­prios» e lem­brou que «este é um voto que não trai».

«Quem as­sinou o acordo da troika es­tran­geira devia ter ver­gonha» por ter com­pro­me­tido a in­de­pen­dência e a so­be­rania na­ci­onal, con­si­derou, tendo ape­lado ao voto na CDU, também dos tra­ba­lha­dores, dos re­for­mados e dos micro, pe­queno e mé­dios em­pre­sá­rios.

Je­ró­nimo de Sousa sa­li­entou que «o tra­balho de­sen­vol­vido no dis­trito pelos eleitos da CDU é a prova de que os par­tidos não são todos iguais», mas «se a po­lí­tica con­ti­nuar a ser a mesma, os re­sul­tados não serão di­fe­rentes».

 

Uma in­tensa ac­ti­vi­dade

 

An­te­ce­dendo a in­ter­venção do Se­cre­tário-geral do PCP fa­laram o ca­beça de lista da CDU pelo dis­trito de Braga e de­pu­tado do PCP, Agos­tinho Lopes, o man­da­tário con­ce­lhio, Cân­dido Ca­pela, e a can­di­data pela Ju­ven­tude CDU, Fi­lipa Gou­lart.

Estes dois úl­timos fi­zeram um ba­lanço do in­tenso e ímpar tra­balho de­sen­vol­vido pelos eleitos da CDU em de­fesa dos di­reitos e das le­gí­timas as­pi­ra­ções do povo do dis­trito. Agos­tinho Lopes de­sa­fiou quem qui­sesse a des­co­brir «qual foi o pro­blema po­lí­tico que tenha vi­vido este dis­trito que a CDU não tenha le­vado à As­sem­bleia da Re­pú­blica», cons­ta­tando que não houve ne­nhum.

«Este é o grande trunfo que temos para re­clamar o re­forço da CDU», con­si­derou.

 

He­róica tra­dição

 

Je­ró­nimo de Sousa co­meçou por elo­giar «o he­róico povo de Pe­vidém pela sua longa tra­dição de luta», lem­brando como, em Maio de 1944, o povo fez uma marcha contra a fome, du­rante a qual a GNR prendeu um na­tural da terra. Re­vol­tado, o povo cercou o posto da Guarda e só aban­donou o cerco quando o de­tido foi li­ber­tado. «Como então, também será com a luta dos tra­ba­lha­dores por­tu­gueses que se­remos ca­pazes de dar a volta a isto, no sen­tido do pro­gresso e da jus­tiça so­cial», con­si­derou o Se­cre­tário-geral do PCP, ar­ran­cando fortes aplausos de uma pla­teia com­pacta.

 

Com a CDU o têxtil tem fu­turo

 

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Des­tacar a im­por­tância e as po­ten­ci­a­li­dades do sector têxtil na eco­nomia na­ci­onal e sa­li­entar a enorme de­si­gual­dade na dis­tri­buição da ri­queza por ele pro­du­zida foi o pro­pó­sito da vi­sita dos can­di­datos da CDU, dia 20, ao Museu da In­dús­tria Têxtil da Bacia do Vale do Ave, em Vila Nova de Fa­ma­licão.

«Qui­semos su­bli­nhar a ne­ces­si­dade de se contar com esta in­dús­tria, como a do cal­çado, num quadro de de­sen­vol­vi­mento da pro­dução, e evi­den­ciar que, nos úl­timos 15 anos, este sector re­gistou um au­mento de pro­du­ti­vi­dade de qua­renta por cento, en­quanto, no mesmo pe­ríodo, os tra­ba­lha­dores ob­ti­veram au­mentos sa­la­riais de apenas quatro por cento», lem­brou à im­prensa, o Se­cre­tário-geral do PCP, Je­ró­nimo de Sousa, no fim da vi­sita ao museu.

Acom­pa­nhado pelo ca­beça de lista da CDU pelo dis­trito e de­pu­tado do PCP, Agos­tinho Lopes, pela can­di­data do PEV, Ma­rina Silva, e por vá­rios can­di­datos e di­ri­gentes dos par­tidos que in­te­gram a Co­li­gação, Je­ró­nimo de Sousa res­pon­sa­bi­lizou os go­vernos do PS e da di­reita por terem ce­dido à li­be­ra­li­zação do mer­cado têxtil.

A CDU con­si­dera ur­gente a adopção de «me­didas que pro­tejam a nossa in­dús­tria em re­lação a ou­tros mer­cados, con­fi­ando e apoi­ando na ca­pa­ci­dade pro­du­tiva ins­ta­lada e cri­ando em­prego com di­reitos», ex­plicou.

 

Quem criou a ri­queza

 

«Os tra­ba­lha­dores foram os prin­ci­pais cons­tru­tores desta in­dús­tria, à custa de inú­meros sa­cri­fí­cios e de uma vi­o­len­tís­sima ex­plo­ração, par­ti­cu­lar­mente de tra­balho in­fantil e fe­mi­nino», acusou Je­ró­nimo de Sousa, de­pois da vi­sita.

O es­pólio pa­tente presta uma mar­cante lição sobre a his­tória dos ope­rá­rios têx­teis do Vale do Ave, evi­den­ci­ando o so­fri­mento e as mi­se­rá­veis con­di­ções so­ciais e eco­nó­micas vi­vidas pelos tra­ba­lha­dores.

Numa sala re­pleta de car­tões de iden­ti­fi­cação de tra­ba­lha­dores, vê-se ho­mens, mu­lheres e cri­anças com curta es­pe­rança de vida. Tra­ba­lhavam de sol a sol nas fá­bricas, e ainda na agri­cul­tura fa­mi­liar, des­calços, em ar­ma­zéns sem ja­nelas nem ven­ti­lação, entre um en­sur­de­cedor e ro­ti­neiro ba­rulho de má­quinas, sob con­di­ções pro­pí­cias a quo­ti­di­anos aci­dentes de tra­balho.

 

Des­file jovem em Braga

 

Ini­ciado e ter­mi­nado nas Ar­cadas, em pleno centro de Braga, o des­file não deixou nin­guém in­di­fe­rente e de­mons­trou que há muitos jo­vens com a CDU.

Muita ju­ven­tude par­ti­cipou na ini­ci­a­tiva tendo os can­di­datos sido abor­dados por tra­ba­lha­dores e lo­jistas que se ma­ni­fes­taram em di­fi­cul­dades, e re­for­mados e pen­si­o­nistas pre­o­cu­pados com o con­ge­la­mento de pen­sões e o en­ca­re­ci­mento das des­pesas com saúde.

O des­file ter­minou com uma sessão de es­cla­re­ci­mento em que in­ter­vi­eram o Se­cre­tário-geral do PCP, Je­ró­nimo de Sousa, e o de­pu­tado e ca­beça de lista da CDU pelo dis­trito, Agos­tinho Lopes.

 

Tra­balho re­co­nhe­cido

 

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«Esta grande em­presa in­dus­trial so­bre­viveu de­pois de uma in­tensa luta dos tra­ba­lha­dores», sa­li­entou Je­ró­nimo de Sousa, no fim da acção de cam­panha à porta das ins­ta­la­ções da fa­bri­cante de pneus, Mabor/Con­ti­nental, em Lou­sado. Na hora de mu­dança de turno, uma de­le­gação da Co­missão de Tra­ba­lha­dores deu as boas vindas aos can­di­datos e agra­deceu «o tra­balho de­sen­vol­vido pelo Grupo Par­la­mentar co­mu­nista e pelo seu de­pu­tado, eleito pelo dis­trito de Braga, Agos­tinho Lopes, em de­fesa dos nossos di­reitos», re­feriu à im­prensa Jo­a­quim Costa, da­quela or­ga­ni­zação re­pre­sen­ta­tiva dos tra­ba­lha­dores.

«Os tra­ba­lha­dores de­sen­vol­veram re­cen­te­mente uma grande luta contra a pre­ca­ri­e­dade e pela igual­dade de di­reitos nesta em­presa, ac­tu­al­mente só­lida e com con­di­ções de es­ta­bi­li­dade», re­cordou o Se­cre­tário-geral do PCP, lem­brando que o PCP e os seus ali­ados «sempre es­ti­veram ao lado dos tra­ba­lha­dores nas horas más».

 



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