O go­verno ita­liano apre­sen­tará, no início deste mês, uma série de me­didas para re­duzir o dé­fice pú­blico. Se­gundo no­ti­ciou a agência Reu­ters, ci­tando fontes go­ver­na­men­tais, o plano de cortes, que as­cen­derá a 35 ou 40 mil mi­lhões de euros, é a res­posta ao aviso da Stan­dard & Po­or's, que al­terou re­cen­te­mente a sua pre­visão, de «es­tável» para «ne­ga­tiva», sobre a evo­lução da nota de Itália.

Com isto, a agência de no­tação prevê uma de­gra­dação ine­vi­tável da cre­di­bi­li­dade fi­nan­ceira do país (ac­tu­al­mente clas­si­fi­cado com A+), so­bre­tudo de­vido às fracas pers­pec­tivas de cres­ci­mento eco­nó­mico.

No pri­meiro tri­mestre do ano, a eco­nomia tran­sal­pina es­teve es­tag­nada com o in­di­cador de cres­ci­mento a re­gistar apenas 0,1 por cento. Em­bora o ac­tual dé­fice pú­blico seja dos mais baixos da União Eu­ro­peia (4,5%), a dí­vida pú­blica é uma das mai­ores, re­pre­sen­tando 119 por cento do Pro­duto In­terno Bruto. O go­verno de Ber­lus­coni pre­tende di­mi­nuir o dé­fice para três por cento no pró­ximo ano e al­cançar o equi­lí­brio entre des­pesas e re­ceitas em 2014.