Centenas de palestinianos atravessaram, sábado, 28, a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egipto. Pela primeira vez em quatro anos, abriu-se uma nesga no férreo cerco israelita, permitindo a assistência médica aos residentes do empobrecido território.

A reabertura de Rafah é uma das primeiras mudanças palpáveis na política interna egípcia, e embora se mantenham as restrições à circulação dos homens adultos entre os 18 e os 40 anos, sinaliza uma alteração das práticas das autoridades do Cairo para com os palestinianos.

No dia anterior ao restabelecimento da passagem de Rafah, vinte personalidades israelitas pediram a vários países europeus que reconheçam o Estado Palestiniano. A questão será levada à Assembleia das Nações Unidas no próximo mês de Setembro, e os signatários da petição frisam que a proclamação da independência é «um acto legítimo, positivo e construtivo para ambas as nações».

Entre as personalidades israelitas que dão a cara pela autodeterminação dos palestinianos estão o ex-procurador-geral, Michael Yair, o antigo director do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Alon Liel, o pretérito presidente do Parlamento, Avraham Burg, e o Nobel da Economia Daniel Kahneman.