Governo regional desbarata Electricidade dos Açores

Defender o projecto da geotermia

O PCP está pre­o­cu­pado com a EDA (Elec­tri­ci­dade dos Açores), no­me­a­da­mente quanto ao seu fu­turo en­quanto em­presa pú­blica. Numa de­cla­ração po­lí­tica pro­fe­rida no dia 9 de Junho na As­sem­bleia Le­gis­la­tiva Re­gi­onal, o de­pu­tado co­mu­nista Aníbal Pires de­nun­ciou as op­ções e a ac­tu­ação do go­verno re­gi­onal em re­lação à em­presa, so­bre­tudo no que res­peita ao sub­sector das ener­gias re­no­vá­veis e ao de­sen­vol­vi­mento do pro­jecto da ge­o­termia na ilha Ter­ceira e nou­tras ilhas com po­ten­cial ge­o­tér­mico.

«Con­ti­nu­amos sem en­tender como é que é pos­sível que se anuncie uma pro­dução quatro vezes su­pe­rior à re­a­li­dade. Como é que se pode apre­goar um po­ten­cial de 12 mega-watts para uma pro­dução real, e ainda in­certa, de apenas três mega-watts», ques­ti­onou Aníbal Pires para quem a res­posta re­side na ten­ta­tiva de «iludir in­ves­ti­dores e atrair ca­pi­tais ex­ternos». Além disso, acusou, «du­pli­caram-se en­ti­dades, con­tra­taram-se con­sul­tores pagos a peso de ouro, gas­taram-se 28 mi­lhões de euros».

O PCP de­fende a res­pon­sa­bi­li­zação po­lí­tica dos que «in­fla­ci­o­naram desta forma as ex­pec­ta­tivas e que an­daram a es­banjar o di­nheiro dos aço­ri­anos», re­a­fir­mando a ne­ces­si­dade de con­ti­nuar esse pro­jecto, «re­con­du­zido à sua di­mensão real», para que «nem tudo se perca». Os co­mu­nistas con­si­deram fun­da­mental as­se­gurar a vi­a­bi­li­dade de uma cen­tral de três mega-watts, lem­brando que tal com­pete ao go­verno re­gi­onal fazer.

Nessa de­cla­ração po­lí­tica, o de­pu­tado do PCP re­feriu-se ainda à forma «ina­cei­tável como se dis­tri­buem mi­lhões de euros em di­vi­dendos para os ac­ci­o­nistas, como se au­mentam as ta­rifas pagas pelas fa­mí­lias e pelas em­presas, ao mesmo tempo que se re­cusam os justos au­mentos sa­la­riais aos tra­ba­lha­dores». Re­cen­te­mente foi tor­nada pú­blica a im­po­sição de cortes sa­la­riais aos tra­ba­lha­dores da em­presa.

Na opi­nião dos co­mu­nistas, a EDA não re­pre­senta «ne­nhum peso nem para o Or­ça­mento nem para a re­gião. Pelo con­trário, é um con­tri­buinte lí­quido, de­sig­na­da­mente em termos dos im­postos pagos pelos seus tra­ba­lha­dores». Assim, pros­se­guiu, esses cortes acabam mesmo por re­duzir a re­ceita pú­blica.

A fi­na­lizar, Aníbal Pires co­mentou outro as­pecto re­la­ci­o­nado com a em­presa que, a seu ver, «ca­rac­te­riza bem a forma como o PS/​Açores exerce o poder»: a no­me­ação para pre­si­dente da EDA de Du­arte Ponte, ex-se­cre­tário re­gi­onal da Eco­nomia. Aliás, «o mais con­tes­tado, ino­pe­rante e inábil dos se­cre­tá­rios re­gi­o­nais da his­tória dos Açores», pre­cisou o de­pu­tado co­mu­nista. 



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