Draghi substitui Trichet

O Con­selho da União Eu­ro­peia no­meou, dia 24, o ita­liano Mario Draghi para subs­ti­tuir o francês Jean Claude Tri­chet à ca­beça do Banco Cen­tral Eu­ropeu, a partir de No­vembro pró­ximo.

Go­ver­nador do Banco de Itália desde 2006, Draghi é um de­fensor da linha de cortes so­ciais ra­di­cais que está a ser pro­mo­vida pela UE e o FMI para «sal­va­guardar o euro». O fu­turo res­pon­sável pelo BCE tem de resto um longo cur­rí­culo como adepto do «livre-mer­cado» e fiel la­caio do grande ca­pital.

Ao longo de toda a dé­cada de 90 foi di­rector-geral do Mi­nis­tério das Fi­nanças e pre­sidiu à co­missão en­car­re­gada de re­a­lizar um vasto pro­grama de pri­va­ti­za­ções, que ficou mar­cado por vá­rios es­cân­dalos de cor­rupção.

Nessa qua­li­dade in­te­grou os con­se­lhos de ad­mi­nis­tra­ções de vá­rios bancos e em­presas pú­blicas em fase de pri­va­ti­zação, de que são exem­plos: Eni (pe­tró­leos), IRI (in­dús­tria), Banca Na­zi­o­nale del La­voro-BNL e IMI (banca). Até 1999 efec­tuou pri­va­ti­za­ções no valor de 108 mil mi­lhões de euros

As provas dadas ca­ta­pul­taram-no para o cargo de vice-pre­si­dente para a Eu­ropa do banco norte-ame­ri­cano Goldman Sachs (2002-2005), cuja im­pli­cação em fraudes gi­gan­tescas na cha­mada crise do sub­prime levou o De­par­ta­mento de Jus­tiça dos EUA a abrir uma in­ves­ti­gação em 2010.



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