África do Sul

COSATU defende nacionalizações

O Congresso de Sindicatos da África do Sul (COSATU) deve aprovar hoje uma resolução onde se defende a nacionalização das minas e dos principais recursos naturais do país. No texto apresentado à sessão plenária do Comité Central daquela estrutura sindical, o secretário-geral, Zwelinzima Vavi, segundo informou a Prensa Latina, defende o accionamento da cláusula da Carta da Liberdade que admite colocar os recursos da nação à disposição do povo.

Uma pesquisa realizada pela empresa TNS Research Surveys afirma que 38 por cento dos sul-africanos defende esta proposta, contra 28 por cento que se manifestam desfavoráveis.

O Produto Interno Bruto da África do Sul ascende a 25 por cento do total do continente africano, e recentemente a Liga da Juventude do ANC defendeu que no próximo programa eleitoral a nacionalização das minas seja contemplada.

 

Apelo à vigilância

 

A posição é concordante com o defendido pela COSATU e pelo Partido Comunista Sul-Africano (SACP), mas, ainda no passado dia 24, os secretários gerais da central sindical, Zwelinzima Vavi, e do Partido, Blade Nzimande, alertaram para os demagogos que proliferam na Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano.

Numa conferência de imprensa conjunta, citada pela Lusa, Nzimande e Vavi alertaram para os perigos do «crescente populismo e oportunismo» na Liga, e denunciaram os demagogos que fazem dinheiro fácil à sombra do Estado.

A COSATU anunciou, entretanto, a criação de uma unidade política de combate à corrupção, e, junto com o Partido Comunista, apela «a todos os que fazem parte das nossas estruturas e a todo o povo para que não se deixem enveredar, com promessas vãs, por vidas fáceis à conta de ganhar concursos públicos. Os jovens devem, ao invés, trabalhar muito, trabalhar com o governo e com a aliança tripartida», composta pelo ANC, SACP e COSATU.



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