Linha do Alentejo retomada
Na sequência da apresentação, por parte da CP, de novos horários de comboios de passageiros para a Linha do Alentejo, a funcionar desde 24 de Julho, a Câmara de Vendas Novas congratulou-se com a retoma deste serviço ferroviário, 15 meses depois da sua suspensão, que causou «visíveis transtornos a todos os utentes desta linha».
Sobre os novos horários, a autarquia comunista criticou o facto de a nova proposta de horários apenas contemplar quatro comboios Intercidades em cada sentido, num total de oito composições diárias, o que em relação à proposta inicial representa menos duas ligações diárias (uma no sentido de Lisboa e outra no sentido Évora/Beja), previstas para o meio do dia.
«Esta situação causa um “intervalo” de oito horas sem qualquer comboio durante o dia, dificultando a vida dos utentes que se deslocam para consultas, visitas e/ou actividades de curta duração», condena a Câmara Municipal, que sugeriu, entretanto, que a CP reveja esta situação, «nem que seja através da criação de um serviço não diário que abranja alguns dias da semana».
Por seu lado, os comunistas de Beja acusaram a CP de ter acabado com as ligações directas em Intercidades entre Lisboa e Beja «por razões economicistas», que são «gravemente lesivas» dos interesses de Beja e «atentam contra o desenvolvimento do Alentejo».
A medida da CP, «por razões economicistas e que nada têm a ver com serviço público, são gravemente lesivas dos interesses das populações da cidade, do concelho e da região de Beja», refere, em nota de imprensa, a Direcção da Organização Regional de Beja do PCP. Segundo o PCP, as «razões economicistas» da medida da CP «atentam contra a economia e o desenvolvimento do Alentejo, já duramente atingido pelas políticas antipopulares dos sucessivos governos PS, PSD e CDS-PP». «O caminho é continuar a luta», reafirmam os comunistas, que voltam a exigir a «melhoria das ligações ferroviárias a Beja».