Pescadores de Armação de Pêra em risco

Os pes­ca­dores de Ar­mação de Pêra estão com sé­rias di­fi­cul­dades em pros­se­guir com a sua ac­ti­vi­dade, na sequência do en­cer­ra­mento da lota na­quela lo­ca­li­dade. Este en­cer­ra­mento, no pas­sado dia 11 de Junho, devia ter sido acom­pa­nhado da en­trega à as­so­ci­ação de uma car­rinha de frio des­ti­nada ao trans­porte do pes­cado para as lotas vi­zi­nhas de Por­timão, Al­bu­feira ou Quar­teira, o que ainda não acon­teceu.

Sem esta car­rinha (há muito pro­me­tida pela Câ­mara Mu­ni­cipal de Silves, que a ad­qui­riria com co-fi­nan­ci­a­mento do Pro­grama Ope­ra­ci­onal para o Sector das Pescas) os pes­ca­dores de Ar­mação de Pêra não têm forma de es­coar o seu pro­duto. Com o en­cer­ra­mento das ins­ta­la­ções da lota, os pes­ca­dores fi­caram pri­vados do apoio pres­tado por esta es­tru­tura, em par­ti­cular no que diz res­peito ao for­ne­ci­mento de gelo, es­sen­cial para a con­ser­vação do pes­cado.

Esta foi uma das ques­tões co­lo­cadas pela As­so­ci­ação dos Pes­ca­dores de Ar­mação de Pêra na reu­nião re­a­li­zada, no dia 23, com uma de­le­gação do PCP, da qual fazia parte, entre ou­tros, o de­pu­tado eleito pelo Al­garve, Paulo Sá. No co­mu­ni­cado onde dão conta das con­clu­sões desta reu­nião, os co­mu­nistas con­si­deram que o en­cer­ra­mento da lota cons­titui um «rude golpe» para a co­mu­ni­dade pis­ca­tória de Ar­mação de Pêra, cujas raízes re­montam pelo menos ao séc. XVI. O PCP re­a­firma, nesse co­mu­ni­cado, a de­fesa das ac­ti­vi­dades pro­du­tivas na pesca, na agri­cul­tura e na in­dús­tria – fun­da­men­tais para o de­sen­vol­vi­mento da re­gião –, apesar de o tu­rismo se ter tor­nado a prin­cipal ac­ti­vi­dade eco­nó­mica de Ar­mação de Pêra.

A de­le­gação do PCP ma­ni­festou a sua so­li­da­ri­e­dade com os pes­ca­dores e a sua as­so­ci­ação, tendo-se com­pro­me­tido a le­vantar esta questão na As­sem­bleia da Re­pú­blica.



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