A Comissão Eleitoral da Tunísia anunciou dia 12 ter registado cerca de 1600 listas no país e cem no estrangeiro para concorrer às eleições de 23 de Outubro para a Assembleia Constituinte, as primeiras no país desde a queda do presidente Ben Ali.

Segundo Larbi Chouikha, responsável da Instância Superior Independente (ISIE) para as eleições, o total de candidatos ronda os 10 mil, sendo que 55 por cento das listas são de partidos políticos e 45 por cento de independentes. De referir que após a queda de Ben Ali, em Janeiro, foram legalizados 105 partidos na Tunísia.

A Assembleia Constituinte, encarregada de redigir a nova Constituição, determinará a duração do seu mandato e terá 218 deputados, 19 dos quais eleitos pelos emigrantes, apurados em seis circunscrições: duas em França e as restantes em Itália, Alemanha, América do Norte e países árabes.

Entretanto, o primeiro-ministro tunisino interino, Béji Caid Essebsi, instou os tunisinos a acabar «definitivamente com todas as formas de greves e protestos», alegando que o país, com dificuldades económicas, «não tolera essas perturbações».