Contra o pacto de agressão e submissão

Só a luta é solução

O Secretário-geral do PCP acusou o Governo de estar a pôr o País e a vida dos portugueses «a andar para trás» e considerou que «só a luta» pode abrir caminho à resolução dos problemas nacionais.

 

Governo tenta enganar os portugueses

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«Por cada medida, por cada sacrifício anunciado o País fica pior», salientou Jerónimo de Sousa, exemplificando com a recente operação de colocação da dívida que sujeitou o Estado português a um juro de dez por cento.

Esta posição do dirigente comunista foi assumida em declarações aos jornalistas, dia 7, no Parlamento, a propósito de declarações proferidas na véspera à SIC pelo ministro das Finanças, onde este adiantou um cenário de recuperação económica para 2015.

Entrevista televisiva que no entender de Jerónimo de Sousa foi «toda ela construída a partir de uma falsidade», nomeadamente quando Vítor Gaspar afirmou que desde Maio que os portugueses conhecem o conteúdo do programa da troika.

«Sabemos que não era assim, a maioria do povo não conhecia essa substância, não era conhecido o corte do subsídio de Natal (isso foi inclusivamente negado por Passos Coelho), nem o aumento dos impostos, particularmente sobre os rendimentos do trabalho», sublinhou o líder comunista, concluindo, por isso, que as palavras do ministro não passaram de uma patranha a partir da qual se procurou «enganar os portugueses».

Criticado foi, por outro lado, o facto de o Governo - «que está a fazer a vida num inferno para muitos portugueses», frisou – vir «anunciar um purgatório para 2013 e um paraíso para 2015, com o crescimento económico».

«Como é possível fazer esta afirmação?», inquiriu Jerónimo de Sousa, sabendo-se que «o desemprego vai continuar a aumentar», «a pobreza vai acentuar-se», «há uma perda significativa do poder de compra de amplas massas populares», e, simultaneamente, não há «investimento público (nem sequer privado) como elemento estratégico fundamental para o desenvolvimento da nossa economia e para criar mais riqueza».

O ministro das Finanças, «ele que é um economista tão bem formado, como é que pode fazer uma afirmação mais de adivinho do que propriamente de um economista com base numa realidade como a que estamos a viver?», insistiu em perguntar o líder do PCP.

Perante o «pacto de agressão e submissão» - assim classifica o entendimento escrito a que chegaram PS, PSD e CDS com a troika estrangeira –, em sua opinião, aos portugueses, só resta, pois, «uma solução» para da resposta aos problemas do País: «a luta».



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