CDU apresenta queixa na CNE

Falta de isenção na Madeira

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A CDU for­ma­lizou, se­gunda-feira, a en­trega, junto da Co­missão Na­ci­onal de Elei­ções, de duas queixas sobre o Jornal da Ma­deira (JM), as quais visam con­testar a de­si­gual­dade no tra­ta­mento pres­tado à co­ber­tura das ini­ci­a­tivas de cam­panha das can­di­da­turas con­cor­rentes às elei­ções le­gis­la­tivas re­gi­o­nais de 9 de Ou­tubro, e a ins­tru­men­ta­li­zação, por parte das re­por­ta­gens e no­tí­cias, das fun­ções de pre­si­dente do Go­verno Re­gi­onal da Ma­deira, no­me­a­da­mente nos actos de inau­gu­ração que têm ocor­rido em todo o pe­ríodo de pré-cam­panha, e que pa­recem não cessar no de­correr do pe­ríodo de cam­panha elei­toral.

«Este órgão da im­prensa es­crita re­gi­onal con­tinua a pautar o seu tra­balho jor­na­lís­tico por uma já ha­bi­tual, mas sempre con­de­nável, falta de isenção, pri­vi­le­gi­ando de forma bem evi­dente uma das can­di­da­turas, a do PPD/​PSD, em de­tri­mento das res­tantes forças con­cor­rentes ao acto elei­toral para a As­sem­bleia Le­gis­la­tiva Re­gi­onal», con­dena a CDU da Ma­deira, acu­sando o JM de ali­nhar «num cri­mi­noso ex­pe­di­ente de pura ba­tota elei­toral».

 

Com­bate à cor­rupção

 

O pri­meiro dia de cam­panha elei­toral – do­mingo – ficou mar­cado pelas de­cla­ra­ções de Edgar Silva, ca­beça de lista da CDU, que de­fendeu a «ne­ces­si­dade de um pro­grama com me­didas ex­tra­or­di­ná­rias de com­bate à cor­rupção na Ma­deira».

Na Fre­guesia de São Roque, no Fun­chal, o can­di­dato chamou a atenção para a cor­rupção que grassa na Re­gião, re­sul­tante de 33 anos de «jar­di­nismo», e lem­brou que «o com­bate à cor­rupção cor­res­ponde a uma ori­en­tação pri­o­ri­tária, tanto como o sa­ne­a­mento fi­nan­ceiro da Ma­deira». «A cor­rupção é a gan­grena do jar­di­nismo e o bu­raco fi­nan­ceiro não fi­cará sa­neado se não for com­ba­tida a cor­rupção na Re­gião», sa­li­entou.

 

Com os tra­ba­lha­dores

 

Na se­gunda-feira, Le­onel Nunes, nú­mero dois da lista da CDU, num en­contro com di­ri­gentes e ac­ti­vistas sin­di­cais, cri­ticou o si­lêncio do pre­si­dente do Go­verno Re­gi­onal da Ma­deira sobre as al­te­ra­ções ao Có­digo de Tra­balho, que con­si­derou serem um «ataque aos tra­ba­lha­dores», no ar­qui­pé­lago. «Temos um Go­verno que só se pre­o­cupa com o ele­mentar, mas es­quece-se do es­sen­cial, que são os tra­ba­lha­dores da nossa terra», afirmou, adi­an­tando que «há cen­tenas e cen­tenas de tra­ba­lha­dores com sa­lá­rios em atraso». «Até há em­presas de ho­te­laria que abusam e usam a crise para não pagar atem­pa­da­mente aos tra­ba­lha­dores, mas têm con­di­ções para o fazer», de­nun­ciou Le­onel Nunes, aler­tando para o facto de de­pois de 9 de Ou­tubro «mi­lhares de tra­ba­lha­dores serão des­pe­didos».

 

Con­quista de di­reitos

 

An­te­ontem, no Curral de Freiras, con­celho de Câ­mara de Lobos, Edgar Silva des­tacou o papel rei­vin­di­ca­tivo da po­pu­lação na «luta pela con­cre­ti­zação de uma es­trada» entre os sí­tios da Ca­pela e da Terra Chã.

A via, pro­me­tida há cerca de dez anos, foi inau­gu­rada nesse dia pelo pre­si­dente do Go­verno Re­gi­onal da Ma­deira. «Al­berto João Jardim é o corta fitas, mas esta obra re­sultou da con­quista de di­reitos, do di­reito à aces­si­bi­li­dade», re­feriu o can­di­dato da CDU, adi­an­tando que a luta pelo acesso, ma­te­ri­a­li­zada em ma­ni­fes­ta­ções, foi ne­ces­sária porque «o Go­verno Re­gi­onal e o PSD não ti­nham sen­si­bi­li­dade so­cial para atender às po­pu­la­ções mais es­que­cidas».

Edgar Silva lem­brou ainda que só há pouco tempo é que foram ar­qui­vados, pelo Mi­nis­tério Pú­blico, os inqué­ritos-crime sus­ci­tados por oca­sião das ma­ni­fes­ta­ções das po­pu­la­ções, que con­taram com o apoio da CDU, força po­lí­tica que «quanto mais votos e man­datos tiver, mais força terá o povo».



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