Os reformados, pensionistas e idosos vão manifestar-se, no dia 10 de Dezembro, em Lisboa, para dizer ao Governo que estão contra o pacto de «rapina» da troika, assinado pelo PS, PSD e CDS, e as medidas «violentas de austeridade» do Orçamento do Estado para 2012, que «promove um ataque sem precedentes às condições de vida e aos direitos dos reformados, dos trabalhadores e das novas gerações».
«Na sequência de políticas realizadas pelos governos dos partidos que subscreveram o "pacto de rapina", acentuaram-se as injustiças e as desigualdades na distribuição dos rendimentos nacionais, em prejuízo dos que vivem dos seus salários e das suas reformas», lê-se no Projecto de Resolução aprovado, sábado, na Baixa da Banheira, no Encontro Nacional do MURPI. O Encontro – que registou mais de duas dezenas de intervenções –, contou com a presença de mais de duas centenas de participantes e de dezenas de convidados, vindos dos distritos de Braga, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Évora, Beja e Faro. A iniciativa contou ainda com a participação de João Lobo, presidente da Câmara da Moita.
No início dos trabalhos, Casimiro Menezes, presidente da Confederação MURPI, depois de saudar os presentes e agradecer às entidades e pessoas que contribuíram para que o Encontro de realizasse, alertou para o facto de «as forças de direita instaladas no poder» estarem «a ajustar contas com Abril, pondo em causa os direitos dos reformados». No final, os reformados participaram numa «Marcha de Indignação» pelas ruas da Freguesia da Baixa da Banheira.