A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgou, na segunda-feira, 31, as previsões de crescimento económico que apontam para a estagnação da zona euro no próximo ano.

Em vésperas da reunião do grupo das 20 maiores economias do mundo, em Cannes, França, a OCDE baixou significativamente as previsões de Maio para a zona euro, segundo as quais a região iria crescer dois por cento em 2011 e o mesmo valor em 2012. Agora admite um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,6 por cento para este ano e de 0,3 para o ano seguinte.

Mesmo em 2013, a zona euro só crescerá 1,5 por cento, ou seja, duas décimas abaixo dos valores registados em 2010.

Já em Junho, o secretário-geral da organização, Angel Gurría, num discurso em Haia, Holanda, tinha alertado que «se nada for feito, o ritmo do crescimento na zona euro nos próximos 15 anos vai ser cerca de metade do que tem sido desde 1995».

Fora da UE, as previsões da OCDE não são muito melhores: nos Estados Unidos o crescimento fica-se este ano pelos 1,7 por cento e 1,8 em 2012, depois de, em Maio, ter apontado 2,6 por cento e 3,1, respectivamente.

Por sua vez, para a China as previsões foram revistas em alta para 2011, de nove para 9,3 por cento, ao que se deverá seguir um 2012 com crescimento de 8,6 por cento, de acordo com os cálculos actuais da OCDE.