A população da Freguesia do Couço, Coruche, manifestou-se, sábado, para exigir a reabertura dos serviços da Segurança Social, o regresso dos CTT ao domínio público e o prolongamento do horário de atendimento no Centro de Saúde.
As reivindicações foram feitas no final de um cordão humano que ligou os locais públicos da Freguesia, em protesto contra a retirada, redução ou descaracterização dos serviços públicos fundamentais. «A iniciativa foi muito participativa e contou com a presença de mais de uma centena de pessoas que se manifestaram em defesa dos serviços públicos que têm vindo a ser retirados, reduzidos ou descaraterizados», disse, à Lusa, Ortelinda Graça, da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos da Freguesia do Couço (CUSPFC).
A população está contra o facto de numa Freguesia «com lugares dispersos» serem «retirados, reduzidos ou descaracterizados serviços públicos fundamentais como a estação dos correios, a Segurança Social, a GNR, a educação, os transportes escolares, a gestão da água ou da Saúde». «Exigimos a reabertura do balcão da Segurança Social, que os CTT voltem a ser um serviço público e não privado e que o Centro de Saúde passe a funcionar até às 19 horas, pois o horário foi reduzido em quatro horas», explicou Ortelinda Graça.
Além destas reivindicações, a CUSPFC, defende ainda «a activação da secção dos bombeiros» e a «autonomia da EBI/JI da Freguesia» que agora faz parte do Agrupamento de Escolas de Coruche que «fica a 25 quilómetros» do Couço.
O protesto contou com o apoio da Junta de Freguesia local. «Vivemos numa zona que se pode considerar interior e estes serviços públicos que nos têm vindo a ser retirados ou desvirtuados são muito importantes para a população. Vamos lutar para que esta situação se inverta», referiu o presidente da Junta, Luís Alberto Ferreira.
No final do cordão humano foi aprovada, por unanimidade, uma moção onde é dado o «total apoio à greve geral convocada pela CGTP para o dia 24 de Novembro». No documento, a comissão de utentes apela também à população para que nesse dia «não adquira produtos alimentares, nem outros bens» e não mande os filhos «para as creches, infantários, jardins-de-infância ou escolas».