Jornalistas com a luta geral

O Sin­di­cato dos Jor­na­listas (SJ) apela à par­ti­ci­pação de toda a classe na greve geral de dia 24. Para pre­parar a luta, con­vocou ple­ná­rios para a pas­sada se­gunda-feira, em Lisboa e no Porto, e para hoje, no Ateneu de Coimbra, a partir das 21 horas.

Em co­mu­ni­cado di­vul­gado no dia 10, o SJ apre­senta «15 im­por­tantes ra­zões para apoiar a greve geral», des­ta­cando as me­didas de aus­te­ri­dade que afec­tarão toda a classe.

Entre os mo­tivos enun­ci­ados, o SJ ad­verte que «a pri­va­ti­zação de um canal de te­le­visão teria efeitos graves no mer­cado de pu­bli­ci­dade, não só no seg­mento au­di­o­vi­sual, mas também na im­prensa, com con­sequên­cias dra­má­ticas em todo o sector».

Con­si­de­rando haver «muitas ra­zões para lutar», o sin­di­cato lembra o «cer­rado ataque» do Go­verno aos ser­viços pú­blicos de rádio, de te­le­visão e de no­tí­cias, tra­du­zido na in­tenção de «pri­va­ti­zação total da Agência Lusa», e de «pri­va­ti­zação par­cial da RTP, im­pondo um plano de re­es­tru­tu­ração que im­plica cen­tenas de des­pe­di­mentos» até ao fim de 2012.

No mesmo dia, os jor­na­listas da Agência Lusa, reu­nidos em ple­nário na sede da em­presa, em Lisboa, apro­varam uma re­so­lução onde de­ci­diram par­ti­cipar na ma­ni­fes­tação na­ci­onal da Ad­mi­nis­tração Pú­blica de sá­bado pas­sado e na greve geral de dia 24, con­si­de­rando que todos os jor­na­listas, «tal como os res­tantes tra­ba­lha­dores por­tu­gueses, devem tomar uma ati­tude para mos­trar a sua in­dig­nação» com as me­didas que estão a ser to­madas pelo Go­verno.

Também os jor­na­listas e ou­tros tra­ba­lha­dores da RTP, reu­nidos em ple­nário no dia 2, em Lisboa, de­ci­diram aderir à greve geral.

A Co­missão de Tra­ba­lha­dores da te­le­visão pú­blica, por seu lado, num co­mu­ni­cado emi­tido no mesmo dia, con­si­derou que o «Plano de sus­ten­ta­bi­li­dade» do Go­verno para a RTP «não cumpre os re­qui­sitos le­gais» e «as­senta em pres­su­postos ile­gí­timos».



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