Mais de dois milhões de trabalhadores britânicos do sector público cumprem hoje uma greve que afectará boa parte da actividade económica do Reino Unido. Numa tentativa de intimidar e desmobilizar os grevistas, o governo conservador-liberal afirmou que a greve poderá custar cerca de 500 milhões de libras (582 milhões de euros) e causar a perda de empregos.
Em tom de ameaça, o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Francis Maude, afirmou, dia 24, que «se perdermos uma boa parte da produção é difícil ver como é que isso não se traduzirá em perda de empregos».
O exercício foi de imediato desvalorizado pelo secretário-geral do Trades Union Congress (TUC), Brendan Barber, qualificando-o de «fantasia económica»
A poderosa estrutura, que representa 58 dos principais sindicatos do país, esperava uma adesão massiva à paralisação, que deverá afectar escolas, hospitais, aeroportos e a generalidade dos serviços públicos.