Belgas respondem a Di Rupo

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Na semana em que o primeiro-ministro indigitado, Elio Di Rupo, chegou a acordo com seis partidos para formar o novo governo belga, as três centrais sindicais mobilizaram cerca de 80 mil pessoas contra as medidas já anunciadas do novo executivo.

A grande manifestação, realizada dia 2, juntou flamencos, valões e bruxelenses nas ruas da capital belga, em protesto contra um plano de austeridade que qualificam de «iníquo e anti-social».

Os cartazes e faixas dos manifestantes recusaram a retórica da crise, lembrando que «Estas dívidas são deles, não nossas», «A precariedade não é o nosso projecto de sociedade» ou «Trabalhar na pobreza, nunca».

A proposta de orçamento do Estado prevê um ajuste do défice no montante de 11,3 mil milhões de euros. Para o alcance deste objectivo, a tributação dos rendimentos apenas contribuirá com três por cento e os lucros das empresas com 13 por cento, o restante será pago pelos trabalhadores e população em geral, quer mediante o aumento de impostos, redução do poder de compra e dos serviços públicos, quer através de restrições na protecção social, designadamente o aumento da idade da reforma e diminuição das pensões e das prestações sociais e subsídios de desemprego.

Segundo cálculos da CNE (central sindical cristã), citada pelo Solidaire (jornal do Partido do Trabalho da Bélgica), os cortes na Segurança Social significam uma diminuição de 2200 euros por ano no rendimento de uma família com três filhos. Os sindicatos antecipam novas manifestações e uma vaga de greves neste Natal caso o governo insista no seu programa antipopular.



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