A 8.ª Assembleia do Sector Intelectual do Porto do PCP, realizada recentemente, avaliou as repercussões do agravamento da política de direita – na sequência da aplicação do pacto de agressão – na actividade e em todas as áreas intelectuais: desemprego, precariedade, recibos verves e falsos recibos verdes (escondendo subemprego de carácter permanente) são problemas que atingem hoje a generalidade dos trabalhadores portugueses e são bem visíveis nos trabalhadores intelectuais, seja qual for a sua formação ou actividade.
Os intelectuais comunistas do Porto constataram ainda a crescente proletarização dos trabalhadores com funções intelectuais, que tem levado a que sejam também atingidos pelos problemas que atingem a generalidade dos assalariados.
Na assembleia foram ainda debatidos os objectivos de cada um dos sub-sectores que compõe o Sector Intelectual do Porto e identificadas algumas medidas prioritárias para o futuro. Entre estas contam-se o reforço da organização por via do recrutamento e da responsabilização de mais quadros; a convergência com os restantes trabalhadores na luta contra a política de direita, mobilizando também os restantes intelectuais que estão contra esse rumo e dele são igualmente vítimas; o alargamento do trabalho unitário junto dos que são atingidos e não se conformam com a degradação das suas condições de trabalho e de vida, opondo-se ao pacto de agressão, tendo sempre como objectivo principal a defesa da Constituição.
A assembleia, que tinha como lema Organizar a resistência, lutar contra o capitalismo, pela democracia e o socialismo, contou com a participação de dezenas de militantes, que aprovaram o documento Relatório e Linhas de Acção e a nova direcção, renovada e rejuvenescida.
A encerrar, Jaime Toga, da Comissão Política, valorizando o êxito da greve geral de 24 de Novembro, garantiu que na luta que irá ser travada os trabalhadores intelectuais terão um papel a desempenhar.