A principal central sindical francesa, CGT, convocou para ontem, 18, uma manifestação na capital, Paris, e apelou aos trabalhadores para que cumpram, até sexta-feira, 20, jornadas de luta nas empresas e locais de trabalho, e para que se concentrem noutras cidades gaulesas em defesa do emprego, dos salários e dos direitos.

A convocatória é a resposta da central sindical à Cúpula Social e do Emprego agendada para ontem pelo presidente, Nicolás Sarkozy, o qual, acusam, se comporta como um «zeloso servidor do MEDEF [associação patronal]».

Uma das mais contestadas propostas de Sarkozy é o aumento do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA) para os produtos importados de fora do espaço da UE. O objectivo, argumenta o presidente, é garantir a sustentabilidade do sistema de Segurança Social do país.

Os trabalhadores, por seu lado, acusam o governo de fazer recair sobre eles a factura da crise e propõem a eliminação das isenções às grandes empresas como forma de angariar mais dinheiro para os cofres públicos.

Já na Grécia, o PAME convocou para anteontem, 17, uma greve geral na área de Attica – que inclui as províncias de Atenas, Pireu, Lavrio e Elefsina – e uma manifestação regional na Praça Omonia, no centro da capital helénica.

Com a iniciativa, a estrutura sindical de classe grega pretendia demonstrar o repúdio dos trabalhadores e do povo face ao «terrorismo patronal, às ameaças e chantagem do governo e dos seus aliados no movimento sindical colaboracionista», e promover a solidariedade activa para com os trabalhadores da indústria siderúrgica grega, em greve há mais de dois meses.