Tunísia

Milhares de pessoas assinalaram o primeiro aniversário do derrube do ditador Ben Ali, dia 14, na capital, Tunes. A marcha na avenida Bouguiba foi aproveitada para reivindicar o direito a trabalho digno num país livre e democrático.

«Vamos continuar a batalha», gritavam alguns jovens. «Fizemos a revolução contra a ditadura para impor o nosso direito a uma vida digna e não para ajudar certos oportunistas a realizar as suas ambições políticas», expressou Salem Zitouni, citado pela Lusa.

O reconhecimento dos mártires da revolta foi uma das reivindicações ouvidas na manifestação, mas o que preocupa realmente os tunisinos é o desemprego e a pobreza.

Estima-se que o total de desocupados tenha subido de 600 mil para 850 mil desde Janeiro de 2011. Calcula-se, igualmente, que mais de 100 empresas participadas ou detidas totalmente por multinacionais tenham respondido às lutas desencadeadas, nos últimos meses, pelos trabalhadores tunisinos, encerrando as portas.

Mesmo as mais ténues reivindicações são ou reprimidas ou alvo de retaliações, que vão do despedimento dos envolvidos ao encerramento da unidade de produção.

No início deste ano, em Gafsa, imolou-se pelo fogo um homem de 42 anos que reivindicava emprego. A região é um exemplo do desespero em que se encontram milhares de pessoas na Tunísia.

Com uma taxa de desocupação a rondar os 24 por cento, o maior empregador local, a Companhia de Fosfatos, continua a sangria da sua força laboral, iniciada em 1990. Milhares de trabalhadores têm sido despedidos todos os anos.



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