Não à ingerência na Síria e no Irão!

Não à ingerência na Síria e no Irão!

O Con­selho Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração (CPPC) alertou, em nota de im­prensa, para o «alas­tra­mento da agi­tação po­lí­tica» num grande nú­mero de países do Norte de África e do Médio Ori­ente, «apre­sen­tada» e «fal­sa­mente de­ter­mi­nada» por «con­di­ções cul­tu­rais, in­cluindo ét­nicas e re­li­gi­osas».

«A re­a­li­dade é que o mapa de países que re­sul­taram da des­co­lo­ni­zação desses es­paços foi tra­çado pelas po­tên­cias oci­den­tais co­lo­ni­za­doras, e que os res­pec­tivos re­gimes po­lí­ticos foram aí ini­ci­al­mente im­postos. O po­ten­cial de con­fli­tu­a­li­dade é grande, e pode e está a ser ma­ni­pu­lado, quer aberta, quer dis­si­mu­la­da­mente, pelas ve­lhas e novas po­tên­cias co­lo­niais», afirma o CPPC, re­fe­rindo-se, no­me­a­da­mente, ao Bah­rein, Kuwait, Qatar, Oman, Arábia Sau­dita e Emi­rados Árabes Unidos, que «com­pram a sub­ser­vi­ência dos seus súb­ditos com as re­ceitas pro­di­gi­osas da ex­plo­ração do pe­tróleo» e que «são ali­ados tra­di­ci­o­nais dos EUA».

«Os res­tantes países mu­çul­manos da re­gião pro­cu­raram per­cursos de de­sen­vol­vi­mento au­tó­nomo, se­cular e re­pu­bli­cano, en­fren­tando re­pe­ti­da­mente a hos­ti­li­dade, a sub­versão e até a agressão mi­litar dessas po­tên­cias», acres­centa o Con­selho para a Paz, ex­pli­cando que «para o im­pe­ri­a­lismo» essa «é uma opor­tu­ni­dade para, através do su­borno, da cons­pi­ração e da guerra, tentar sub­meter e con­trolar po­li­ti­ca­mente os de­mais países do Médio Ori­ente».

Uma es­tra­tégia que con­duziu à pri­meira e se­gunda guerras do Golfo, que des­troçou o Iraque, que per­mitiu a in­vasão e ocu­pação do Afe­ga­nistão, que agride a Líbia, sempre em nome da «luta pela de­mo­cracia», da «pro­tecção hu­ma­ni­tária», do com­bate à «pro­li­fe­ração de armas de des­truição ma­ciça» ou da «guerra ao ter­ro­rismo».

Neste sen­tido, «a ameaça agora imi­nente de in­ter­venção mi­litar ex­terna di­recta na Síria, após per­sis­tente ali­men­tação da dis­sensão in­terna, bem como a longa pre­pa­ração de in­ter­venção mi­litar no Irão, após guerra de des­gaste eco­nó­mico e di­plo­má­tico (boi­cote e san­ções), são ra­zões de grande e re­no­vada apre­ensão», ad­verte o CPPC, que re­jeita a in­tro­missão nos as­suntos in­ternos da Síria, a guerra eco­nó­mica e me­diá­tica ao Irão e a ameaça de qual­quer acção mi­litar sobre estes países. Re­pudia, de igual forma, a in­ge­rência e a pre­pa­ração de agres­sões mi­li­tares no Médio Ori­ente.



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