Os monges-guerreiros da Nova Cruzada (7)

Jorge Messias

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«Por de­trás da Nova Ordem Mun­dial existe uma rede de so­ci­e­dades e or­ga­ni­za­ções se­cretas de ca­rácter ocul­tista que vêm tra­ba­lhando in­ces­sante e in­can­sa­vel­mente pela con­cre­ti­zação dos ideais do anjo caído: do­minar o mundo» (Jan Van Helsig, «As so­ci­e­dades se­cretas e o seu poder no sé­culo XX»).

«As so­ci­e­dades se­cretas eso­té­ricas são as ge­ra­doras da Nova Ordem Mun­dial fas­cista. Muitas destas ins­ti­tui­ções se­cretas são co­nhe­cidas: a Ma­ço­naria, a Opus Dei, o Con­selho dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros, os Ilu­mi­natti, os Ro­sa­cruzes, a Ca­veira e Ossos, a An­tro­po­sofia, a Te­o­sofia, a Eu­biose, o Clube Bil­der­berg, o Clube de Roma, a Co­missão Tri­la­teral, a Fun­dação Roc­ke­feller, o Gre­en­peace, o Ro­tary Clube, etc., etc.» (Da­niel Es­tulin, «Clube de Bil­der­berg»).

«Existem à volta de 4 mil a 6 mil mem­bros dos ilu­mi­natti: menos que um em cada mi­lhão de ci­da­dãos do mundo, numa po­pu­lação global de 6 bi­liões e meio de ha­bi­tantes. Muitos de nós, quando ima­ginam uma so­ci­e­dade se­creta pensam na Ma­ço­naria, com Lojas nas grandes ci­dades e fre­quentes reu­niões de ir­mãos. Os ilu­mi­natti não são nada disto ...Então, como podem 6 mil pes­soas go­vernar o mundo? Como reúnem tanto poder?» (Jo­nathan Black, «His­tória Se­creta do Mundo»).

Só quem se meter por estes la­bi­rintos se pode aper­ceber que teia de con­fu­sões e de in­trigas oculta a um olhar sim­ples e ho­nesto a po­dridão das so­ci­e­dades se­cretas… Se­cretas, semi-se­cretas, ocultas, de­so­cultas, laicas, re­li­gi­osas, fi­lan­tró­picas, mi­li­o­ná­rias, apo­lí­ticas, ide­o­ló­gicas, mo­nár­quicas, re­pu­bli­canas, etc. São de­zenas ou cen­tenas de mi­lhares delas que têm em comum o facto de se es­con­derem atrás de um mito ou de uma pura in­venção pro­pa­gan­dís­tica.

Os ilus­trati, com as suas ca­balas, re­pre­sentam hoje a mais forte ameaça às con­quistas de­mo­crá­ticas dos povos. Formam um corpo de elite al­ta­mente pre­pa­rado e equi­pado com po­de­rosas armas de des­truição. O facto de muito se ter dito acerca da sua exis­tência e das suas in­ten­ções não sig­ni­fica que muito se co­nheça dos seus planos de con­quista uni­versal. Al­guma coisa do que cir­cula é real, outro tanto ima­gi­nado e muito, também, cor­res­ponde a es­tra­té­gias de co­ber­tura da imagem.

Não é ver­dade, por exemplo, que a seita tenha de­tido um grande poder po­lí­tico an­te­ri­or­mente à Re­vo­lução In­dus­trial, a partir do úl­timo quartel do sé­culo XIX. Foi então que em todo o mundo sur­giram como co­gu­melos cons­te­la­ções de so­ci­e­dades se­cretas li­gadas à po­lí­tica, às re­li­giões, às fi­nanças e ao mundo do crime. A par deste surto de so­ci­e­dades se­cretas cres­ceram em poder e or­ga­ni­zação as po­lí­cias de se­gu­rança, ofi­ciais e pri­vadas. In­te­resses do Es­tado e par­ti­cu­lares pa­re­ciam opor-se. Porém, ao fim de algum tempo e como sempre, os ex­tremos to­caram-se. É esta dura re­a­li­dade que es­tamos a viver.

No mapa de in­ten­ções do grande ca­pital fi­guram os ilus­tratti como monges guer­reiros, tal como em tempos que já lá vão de­ti­veram o mesmo lugar os Tem­plá­rios e ou­tros Cru­zados. No pas­sado e no pre­sente esses sol­dados têm lu­tado pela con­quista da Terra Santa que é, afinal, o do­mínio do poder uni­versal. Com bases lo­gís­ticas di­fe­rentes, como é na­tural. Os guer­reiros feu­dais con­tavam apenas com os apoios da Igreja e da Coroa. Havia for­tunas mas o ca­pi­ta­lismo ainda não re­pre­sen­tava um sis­tema de poder. Hoje, a si­tu­ação é bem di­fe­rente: o di­nheiro dis­po­nível é uma tor­rente; não há Es­tado que não es­teja cru­zado por so­ci­e­dades se­cretas or­ga­ni­zadas se­gundo um mesmo fi­gu­rino; o En­sino, a Co­mu­ni­cação So­cial e as Fi­nanças estão nas mãos das igrejas e dos ban­queiros; a hora é a de avançar sem se olhar a pre­con­ceitos.

Marx e Lé­nine fa­laram nestes tempos e ca­rac­te­ri­zaram-os. Chegou a al­tura em que as forças do grande ca­pital terão de lutar em duas frentes: contra os tra­ba­lha­dores ex­plo­rados e entre si mesmas, pela di­recção de uma Nova Ordem Mun­dial. No mundo dos mo­no­pó­lios não cabem dois se­nhores. E para se con­quistar o pri­meiro lugar, a Palma de Oiro, é pre­ciso nem se­quer se olhar para trás. «A sorte pro­tege os au­dazes».

Os ilu­mi­natti re­pre­sentam a van­guarda das es­pe­ranças dos ban­queiros.. Têm o apoio da Banca e gozam das bên­çãos da Cruz. O Va­ti­cano é neles que aposta e ele pró­prio os ins­pira.

Mas o povo tor­tu­rado con­tinua e con­ti­nuará a ser o pon­teiro da ba­lança final. Numa mol­dura de luta pela uni­dade do in­ter­na­ci­o­na­lismo pro­le­tário.

Con­ti­nu­a­remos esta nossa lei­tura.



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