Sul-africanos fazem-se ouvir

De­zenas de mi­lhares de tra­ba­lha­dores ma­ni­fes­taram-se contra a in­tro­dução de por­ta­gens nas auto-es­tradas em torno das grandes ci­dades da África do Sul e a ma­nu­tenção da ac­ti­vi­dade das agên­cias de em­prego. O pro­testo re­a­li­zado em mais de 30 ci­dades foi con­vo­cado pela prin­cipal cen­tral sin­dical sul-afri­cana, cujo se­cre­tário-geral, Zwe­len­zima Vavi, apelou aos go­ver­nantes para que não es­queçam as suas raízes.

Na con­cen­tração em Jo­a­nes­burgo, a maior me­tró­pole do país, Vavi acusou ainda al­guns di­ri­gentes do ANC de terem es­que­cido «o poder que têm as massas tra­ba­lha­doras», por isso a CO­SATU con­vocou mar­chas po­pu­lares em todo o ter­ri­tório para os re­cordar, jus­ti­ficou.

Em todas as ini­ci­a­tivas, a or­ga­ni­zação la­boral de classe en­tregou uma pe­tição com mi­lhares de as­si­na­turas aos go­vernos pro­vin­ciais – na Ci­dade do Cabo, o do­cu­mento foi en­tregue no par­la­mento –, na qual exigem a abo­lição do sis­tema de por­ta­gens.

As por­ta­gens na pro­víncia de Gau­teng, cuja en­trada em vigor se prevê para o pró­ximo mês de Abril, foram con­ces­si­o­nadas a um ope­rador pri­vado que tem como maior ac­ci­o­nista a em­presa que ins­talou o sis­tema e re­qua­li­ficou a rede viária. Para a CO­SATU, o ne­gócio de­monstra que o go­verno está a dar «luz verde para ex­plorar os con­tri­buintes muito para além da amor­ti­zação dos fundos gastos».

As por­ta­gens tor­narão mais caras as des­lo­ca­ções de pes­soas e o preço do gé­neros ali­men­tares. Os mais po­bres serão os mais atin­gidos com esta me­dida, sa­li­enta também a es­tru­tura sin­dical.

Quanto às agên­cias de em­prego, a CO­SATU e a ge­ne­ra­li­dade dos tra­ba­lha­dores sul-afri­canos exigem a sua proi­bição, já que, dizem, estas per­pe­tuam a pre­ca­ri­e­dade, o su­bem­prego e os baixos sa­lá­rios.



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