Gaza sob fogo

Os bom­bar­de­a­mentos is­ra­e­litas contra a Faixa de Gaza, ini­ci­ados na sexta-feira pas­sada, dia 9, já ma­taram pelo menos 23 pes­soas e fe­riram de­zenas de civis. A mai­oria das ví­timas são cri­anças e ado­les­centes das ci­dades e campos de re­fu­gi­ados ata­cados pelo exér­cito si­o­nista, de­nun­ciou o porta-voz dos ser­viços de emer­gência do Hamas, Adham Abu Sel­miya.

A es­ca­lada de vi­o­lência no ter­ri­tório foi de­sen­ca­deada por Is­rael quando li­quidou o líder dos Co­mités de Re­sis­tência Po­pular, Zuheir al- Qassi.

Em res­posta, vá­rios grupos ar­mados pa­les­ti­ni­anos dis­pa­raram fo­guetes ar­te­sa­nais contra ter­ri­tório ad­mi­nis­trado por Is­rael, sem, no en­tanto, pro­vo­carem ví­timas mor­tais.

Apro­vei­tando a re­acção, o go­verno de Te­la­vive ini­ciou uma série de ata­ques contra edi­fí­cios que diz es­tarem a ser «uti­li­zados pelas or­ga­ni­za­ções de ter­ro­ristas para lançar mís­seis de longo al­cance».

O pri­meiro-mi­nistro is­ra­e­lita, Ben­jamin Ne­tanyahu, ame­açou mesmo pros­se­guir a ofen­siva pelo «tempo que fosse ne­ces­sário», ao mesmo tempo que os di­ri­gentes do Hamas, mo­vi­mento que go­verna a Faixa de Gaza, ad­ver­tiam que a me­di­ação ofe­re­cida pelo Egipto não es­tava a dar frutos.

En­tre­tanto, Is­rael pediu a in­ter­venção do Con­selho de Se­gu­rança das Na­ções Unidas (CS) a fim de que se tome «todas as me­didas» para pro­teger… os civis is­ra­e­litas.

A in­versão ab­so­luta do su­ce­dido por parte das au­to­ri­dades is­ra­e­litas goza, in­va­ri­a­vel­mente, do apoio norte-ame­ri­cano. Na se­gunda-feira, a se­cre­tária de Es­tado Hil­lary Clinton, con­denou «nos termos mais fortes os dis­paros de ‘roc­kets’ feitos por ter­ro­ristas a partir da faixa de Gaza».

Pa­ra­le­la­mente à sessão do CS da ONU, o re­pre­sen­tante pa­les­ti­niano, Riyad Mansur, pediu ao Con­selho que agisse «com ur­gência» para travar a «es­ca­lada de vi­o­lência mor­tí­fera».

A ofen­siva is­ra­e­lita ini­ciou-se a dois dias da pri­meira reu­nião em seis meses do Quar­teto para o Médio Ori­ente (EUA, Rússia, UE e ONU). O cha­mado pro­cesso de paz is­raelo-pa­les­ti­niano en­contra-se num im­passe desde Se­tembro de 2010.



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