- Nº 2000 (2012/03/29)
Distrito de Santarém

Forte adesão no público e no privado

Em Foco

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O Governo e os seus cães de fila bem se esforçaram por tentar fazer crer que a greve geral foi «só» do sector público – como se isso, a ser verdade, fosse coisa pouca – mas a realidade encarregou-se de os desmentir. No distrito de Santarém, onde os índices de adesão foram idênticos aos de outras greves gerais e por isso mesmo mais uma vez silenciados na informação publicada, os trabalhadores dos sectores público e privado não deixaram os seus créditos por mãos alheias na hora de mostrar o quanto repudiam a política de destruição do País que está a ser seguida.

Na EMEF (Entroncamento) a adesão foi de 95%, no Estabelecimento Prisional Torres Novas chegou aos 80%, e no Agrupamento Alfa Entroncamento e na Escola Secundária do Entroncamento fez-se o pleno – 100%.

Já no que se refere ao poder local, a paralisação dos trabalhadores na Câmara Municipal de Alpiarça foi de 90%, na de Almeirim de 75%, na da Golegã 70%, na de Santarém de 60% – indo aos 65% nos Serviços de Limpeza –, e na de Coruche 60% (com as escolas e cresces a registar uma adesão da ordem dos 70%). Na recolha de lixo, a greve só não teve ainda mais impacto porque várias câmaras substituíram os trabalhadores em greve por outros trabalhadores, como foi o caso de Almeirim, Salvaterra de Magos e Santarém. Quanto à Águas de Santarém, a adesão rondou os 85%.

No sector da Saúde, o destaque vai para o Centro Hospitalar do Médio Tejo (50%), Hospital Rainha Santa Isabel/Torres Novas (71%), Centro de Saúde de Abrantes (75%), Centro de Saúde de Alpiarça (80%), Centro de Saúde de Benavente (50%) e Centro de Saúde da Chamusca (67%). No Hospital de Santarém as consultas externas foram canceladas.

Os efeitos da luta também se fizeram sentir no sector dos transportes, com a Rodoviária do Tejo a registar uma paralisação de 50% e a Barraqueiro 60 %. Já no que respeita à CP há a referir um caso «curioso»: na noite de 21 para 22, o comboio Lusitânia Expresso foi conduzido por um inspector, a partir do Entroncamento, por não haver maquinista para assegurar o serviço.

No privado, a Mitsubishi teve uma redução de 60% da produção, enquanto a Sopocasa parou a 100%, a

Postejo a 80% e a Unicer esteve sem produzir durante todo o dia (no turno da noite a adesão ficou-se nos 50%). De valorizar também as adesões registadas nas empresas Sonae Carnes, Compal, TEGAEL e IPETEX.

Os trabalhadores participaram ainda em concentrações em Benavente e Santarém.