Comércio mundial de armas

Negócio em expansão

O co­mércio mun­dial de armas con­ven­ci­o­nais au­mentou 24 por cento entre 2007 e 2011, de acordo com um re­la­tório di­vul­gado, dia 20, pelo Ins­ti­tuto In­ter­na­ci­onal de Es­tudos para a Paz, se­deado em Es­to­colmo (SIPRI).

Es­tados Unidos li­deram um ne­gócio que cresceu 24%

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Os Es­tados Unidos man­ti­veram a sua he­ge­monia mun­dial como prin­cipal ex­por­tador, en­quanto a Índia se des­tacou como país que mais ar­ma­mento com­prou (10%), se­guida pela Co­reia do Sul (6%), Pa­quistão (5%), China (5%) e Sin­ga­pura (4%).

Os cinco mai­ores ex­por­ta­dores (EUA, Rússia, Ale­manha, França e Reino Unido) foram res­pon­sá­veis por 75 por cento das vendas to­tais no pe­ríodo as­si­na­lado.

Aos EUA cabem 30 por cento deste lu­cra­tivo co­mércio, per­cen­tagem que já in­tegra um cres­ci­mento de 24 por cento em re­lação ao quinquénio an­te­rior (2002-2006). Os seus mai­ores cli­entes foram a Co­reia do Sul, a Aus­trália e os Emi­rados Árabes Unidos.

A Ásia e a Oceânia re­ce­beram 45 por cento das ex­por­ta­ções norte-ame­ri­canas, se­guindo-se o Médio Ori­ente (27%) e a Eu­ropa (18%).

O sector da avi­ação re­pre­sentou 63 por cento das ex­por­ta­ções dos EUA, em grande parte de­vido à ope­ração de venda à Arábia Sau­dita de 84 caças F-15GS e da mo­der­ni­zação de ou­tros 70 apa­re­lhos já exis­tentes neste país.

A Rússia re­gistou um au­mento de 12 por cento das vendas to­tais, fi­cando com perto de um quarto do ne­gócio mun­dial, tendo como prin­cipal des­tino a Índia. Por seu lado, a Ale­manha des­tronou a França do ter­ceiro lugar, au­men­tando em 37 por cento as suas vendas, de­sig­na­da­mente para a Grécia, que cons­titui o seu me­lhor cli­ente.

 

China au­to­no­miza-se

 

Como as­si­nalou Pi­eter We­zeman, in­ves­ti­gador do SIPRI, ci­tado pela EFE (20.03), «os prin­ci­pais im­por­ta­dores asiá­ticos pro­curam de­sen­volver a sua pró­pria in­dús­tria de ar­ma­mento e di­mi­nuir a sua de­pen­dência de for­ne­ce­dores ex­ternos».

A China é o exemplo mais no­tório tendo pas­sado de prin­cipal im­por­tador mun­dial, entre 2002 e 2006, para a quarta po­sição no úl­timo pe­ríodo es­tu­dado, du­rante o qual ainda au­mentou as suas ex­por­ta­ções em 95 por cento, as­cen­dendo à sexta po­sição entre os grandes ven­de­dores de armas mun­diais, so­bre­tudo de­vido a vá­rios con­tratos com o Pa­quistão.

O re­la­tório re­alça ainda «au­mentos sig­ni­fi­ca­tivos» do co­mércio de armas em zonas como o Norte de África, o Su­deste Asiá­tico e o Sul do Cáu­caso, no­tando ainda que os prin­ci­pais ex­por­ta­dores mantêm os for­ne­ci­mentos a países que foram palco das cha­madas «re­voltas árabes». Na África do Norte, as en­tregas de armas con­ven­ci­o­nais au­men­taram 273 por cento entre os dois pe­ríodos. Em Mar­rocos, o au­mento foi de 443 por cento.



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