Cuidado nas rescisões
«Num grande segredo de Estado, o Governo decidiu a proibição da reforma antes dos 65 anos» e, assim, «deita para o lixo as expectativas criadas a milhares de trabalhadores, que foram aliciados para a rescisão dos contratos de trabalho nas empresas do sector público», comentou a Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações. Nos últimos meses, houve «algumas centenas» de trabalhadores que «aceitaram essa medida, na expectativa de que, depois, poderiam ingressar na reforma, mesmo com as penalizações impostas por lei, e que agora se sentem enganados, mais uma vez, por um governo que se candidatou na base de outras medidas que não estas».
A Fectrans/CGTP-IN assinala ainda que, com esta medida, o Governo «abre a porta a futuros despedimentos colectivos, se persistir na redução dos postos de trabalho, conforme consta do “Plano Estratégico de Transportes”». Tal solução «já está a ser ensaiada na CP, para os trabalhadores dos infantários», contrariando declarações solenes do secretário do Estado dos Transportes. «Cada trabalhador, que estava a pensar rescindir o contrato de trabalho, terá que avaliar muito bem essa decisão», previne a federação.