A crescente contestação dos sindicatos italianos às reformas do governo de Mario Monti voltou a expressar-se, dia 16, numa grande manifestação em Roma contra as alterações do regime de pensões.
As sucessivas reformas «estruturais», que têm vindo a ser apresentadas pelo governo chefiado pelo antigo comissário da concorrência e conselheiro internacional da Goldman Sachs, estão a levantar uma vaga de protestos entre os trabalhadores e amplas camadas da população.
Desafiando a chuva, milhares de pessoas desfilaram na capital com bandeiras da CGIL, a maior central sindical de Itália, que organizou a acção juntamente com as centrais CISL e UIL.
Para além do projecto de reforma laboral, que embaratecerá os despedimentos, já em debate no parlamento, os sindicatos rejeitam o aumento da idade de aposentação e as alterações às reformas antecipadas que, afirmam, podem deixar 300 mil trabalhadores sem emprego e sem reforma.