Contestação no Bahrein

Milhares de pessoas compareceram no funeral do jovem opositor morto sexta-feira, 20, pelas forças repressivas do regime. As cerimónias fúnebres, realizadas domingo, 22, foram aproveitadas pelos populares, na sua maioria membros da comunidade xiita, para, uma vez mais, contestarem a monarquia liderada por Hamad al- Khalifa.

Os manifestantes acusaram ainda a ditadura de transmitir uma falsa imagem de abundância e estabilidade no Bahrein com o acolhimento, nesse mesmo dia, do grande prémio de Fórmula 1.

A corrida foi, aliás, amplamente contestada nos dias precedentes, com mobilizações massivas em várias cidades do país, e em particular na capital e nos subúrbios de Manama.

Durante o fim-de-semana, as autoridades reforçaram a presença de contingentes antimotim no centro da cidade, procurando, dessa forma, impedir que a contestação beliscasse a iniciativa milionária.

Finda a prova automobilística, uma equipa da cadeia de televisão britânica Chanel 4 News percorreu o centro de Manama com o objectivo de cobrir as mobilizações populares, mas acabou detida e deportada pelas autoridades do Bahrein.

Nas últimas semanas, o povo do Bahrein tem recruscedido as acções exigindo a renúncia do governo e em defesa de uma regime democrático e da convocação de eleições livres no território, as quais, de acordo com os contestatários, já custaram a vida a 70 pessoas.



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