As comunidades cigana, judia e outros grupos minoritários são alvo de discriminação política, económica e social na Bósnia-Herzegovina. Quem o afirma é a Human Rights Watch, que num relatório intitulado «Cidadãos de segunda classe» salienta o facto de alguns dos mecanismos de exclusão estarem plasmados na Constituição do país.

O texto fundamental, datado de 1995, afasta os referidos grupos dos altos cargos do poder do Estado ou dos lugares de representação em órgãos legislativos nacionais e locais, situação que persiste apesar de ter sido sancionada pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem em 2009.

Acresce, segundo a pesquisa elaborada pela HRW, a discriminação no acesso à habitação, emprego, educação ou saúde, a qual, acusa ainda a organização, decorre do não reconhecimento de personalidade constituinte às comunidades cigana, judia e a outras minorias étnicas.