Seixal contra introdução de portagens

Abriu ao trá­fego, no dia 26 de Abril, um troço da A33, no con­celho do Seixal, com cerca de 7,70 qui­ló­me­tros dos 12,80 qui­ló­me­tros pre­vistos exe­cutar neste mu­ni­cípio. O troço em causa de­sen­volve-se entre o nó de Bel­verde e o nó de Coina (EN10), in­cluindo neste tra­jecto o nó das La­ran­jeiras, com re­ba­ti­mento sobre a EN378.

No âm­bito da sub­con­cessão do Baixo Tejo, o Go­verno impôs a apli­cação de por­ta­gens nos 12,80 qui­ló­me­tros desta via, in­ci­dindo ex­clu­si­va­mente no mu­ni­cípio do Seixal, ao con­trário do que se ve­ri­fica para a mesma au­to­es­trada e para os res­tantes mu­ni­cí­pios lo­ca­li­zados ao longo dela, que liga o IC20 (Al­mada) à Ponte Vasco da Gama (Al­co­chete).

Deste modo, os utentes que per­corram os cerca de 1,50 qui­ló­me­tros entre o nó de Bel­verde e o nó das La­ran­jeiras, pagam uma por­tagem no valor de 0,70 euros para os veí­culos da classe 1; 1,25 euros para os veí­culos da classe 2; 1,60 euros para os veí­culos de classe 3 e 1,80 euros para os veí­culos de classe 4. Os utentes que per­corram os cerca de seis qui­ló­me­tros entre o nó das La­ran­jeiras e o nó de Coina não pagam para já qual­quer por­tagem.

Face a esta si­tu­ação, em nota de im­prensa, a Câ­mara do Seixal, que está contra a in­tro­dução de por­ta­gens no troço da A33, con­si­dera que «está posto em causa o di­reito à mo­bi­li­dade dos ci­da­dãos, con­sa­grado na Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa».

 

Exi­gência das po­pu­la­ções

 

Também a Co­missão Con­ce­lhia do Seixal do PCP se ma­ni­festou contra «mais um roubo da troika na­ci­onal PSD/​CDS e PS», lem­brando que a A33 (IC32) «sempre foi uma exi­gência das po­pu­la­ções, do Poder Local e das em­presas da re­gião», que viram, «após anos de luta e de rei­vin­di­cação, o Go­verno re­co­nhecer a ne­ces­si­dade da mesma e ini­ciar a sua cons­trução».

«Esta é uma in­fra­es­tru­tura es­tru­tu­rante e fun­da­mental para o de­sen­vol­vi­mento eco­nó­mico da re­gião e do País», acen­tuam os co­mu­nistas do Seixal, acu­sando o Go­verno de «querer obrigar agora as po­pu­la­ções a cus­te­arem esta obra, di­mi­nuindo gra­ve­mente o ín­dice de efi­ci­ência desta via e go­rando as pers­pec­tivas de de­sen­vol­vi­mento das em­presas e con­ti­nu­ando a pe­na­lizar a qua­li­dade de vida das po­pu­la­ções da Margem Sul».



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