O governo regional dos Açores decidiu-se pela proibição do cultivo de plantas geneticamente modificadas. Para o PCP, que propôs inicialmente essa proibição, trata-se de um «momento com um significado histórico especial», pois proibir os transgénicos é «tomar uma medida de precaução, protegendo o nosso património natural e a nossa biodiversidade das possíveis e mal estudadas contaminações e dos seus desconhecidos efeitos sobre o meio ambiente», assinalou na Assembleia Legislativa Regional o deputado comunista Aníbal Pires. Os comunistas realçaram ainda a importância desta medida para a defesa das culturas tradicionais, desenvolvidas ao longo dos anos pelos agricultores açorianos e o que ela significa na recusa da ditadura das multinacionais que controlam o sector das agro-indústrias e que «escravizam os agricultores, impondo-lhes o uso de sementes que só elas vendem, baseando-se no inaceitável princípio de que se pode patentear um gene, que a própria mecânica da vida pode ser mais uma mercadoria privada e transacionável».