Dois sindicatos de polícias entregaram, dia 19, quatro mil assinaturas no parlamento, visando desencadear um processo de referendo sobre as medidas de austeridade preconizadas pelo governo.
Apesar de o pacote anti-social ter tido o acordo dos sindicatos da função pública, os dois sindicatos de polícia recusaram assiná-lo e propõem-se recolher mais 40 mil assinaturas no prazo de 35 dias, para impor a consulta popular.
Até lá, de acordo com os preceitos constitucionais, o parlamento e o governo ficam impedidos de aplicar os cortes previstos, que compreendem designadamente a redução de oito por cento dos salários de 160 mil funcionários públicos, o não pagamento de subsídios de férias e a redução dos benefícios nos serviços de saúde.
Com a economia em recessão desde finais do ano passado, o governo alega a necessidade de reduzir a despesa pública em 1,1 mil milhões de euros, para nove mil milhões de euros, como forma de alcançar o défice de três por cento no próximo ano.