Sob o lema «Contra o go­verno Monti, a po­lí­tica do BCE, da UE e o Pacto Or­ça­mental», os par­ti­ci­pantes de­mons­traram enorme força, con­vicção e com­ba­ti­vi­dade ao longo de todo o des­file, que de­correu entre a Praça da Re­pú­blica e o Co­liseu.

Um dos ob­jec­tivos da jor­nada foi con­denar os ata­ques ao ar­tigo 18.º da Cons­ti­tuição, que con­sagra o di­reito de rein­te­gração no posto de tra­balho, em caso de des­pe­di­mento ile­gí­timo, cuja re­vo­gação é pre­ten­dida pelo exe­cu­tivo ita­liano, no âm­bito da re­forma la­boral.

Nas ruas de Roma eco­aram frases como: «No ar­tigo 18.º não se toca, de­fen­dêmo-lo com a luta!», «Contra o go­verno do ca­pital, greve geral» ou «Contra a bar­bárie do ca­pi­ta­lismo, luta de classes pelo so­ci­a­lismo».

Em re­pre­sen­tação do PCP e do GUE/​NGL (Es­querda Uni­tária Eu­ro­peia /Es­querda Verde Nór­dica), Inês Zuber par­ti­cipou na ma­ni­fes­tação e in­ter­veio no co­mício que en­cerrou a jor­nada.

Na sau­dação que di­rigiu aos ma­ni­fes­tantes, a de­pu­tada do PCP sa­li­entou a ne­ces­si­dade de der­rotar o pacto or­ça­mental: «O tra­tado que agora querem impor aos povos – o cha­mado pacto or­ça­mental – é a ten­ta­tiva de con­sa­gração legal e ins­ti­tu­ci­onal das ter­ro­ristas me­didas de aus­te­ri­dade que são, pela sua pró­pria na­tu­reza, re­ces­sivas. Não nos ilu­damos. O ne­ces­sário cres­ci­mento do em­prego e da eco­nomia só será pos­sível com a des­truição das po­lí­ticas ditas de aus­te­ri­dade e com a re­vo­gação deste pacto, que foi im­posto aos povos nas suas costas, de forma to­tal­mente an­ti­de­mo­crá­tica. Os tra­ba­lha­dores e os povos não se sub­me­terão e lu­tarão até ao fim pela não apli­cação do pacto or­ça­mental».