Que corte é este?

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Trabalhadores da SUCH – entidade de capitais públicos e com administração nomeada pelo Ministério da Saúde, mas que foi transformada em «associação privada sem fins lucrativos» – estiveram em greve no dia 8, sexta-feira, em protesto contra a redução do valor do subsídio de alimentação. Desde o salário de Outubro, a SUCH passou a pagar 1,90 euro por dia, em vez de 2,37 – um corte de 47 cêntimos!

O STAD/CGTP-IN pediu na altura a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho, mas continua sem resposta. Pediu uma reunião com a administração, que teve lugar a 13 de Abril, sem acordo, «porque a empresa continua a não querer resolver o problema que ela mesma criou». Foi pedida depois uma reunião ao Ministério da Saúde, mas não houve resposta.

O sindicato convocou a greve, com concentrações frente à sede da SUCH e junto do Ministério, apelando à luta contra este «roubo», mas também por aumentos salariais para todos os trabalhadores, contra a eliminação de direitos e pela aplicação do contrato colectivo.

No dia 4, o Sindicato da Função Pública, da CGTP-IN, denunciou a discriminação dos assistentes técnicos e operacionais, nas unidades de saúde dos Açores. Ao omiti-los, na lista de profissionais abrangidos pelo novo sistema de prestação de trabalho extraordinário e suplementar, a direcção regional de Saúde sujeitou-os a uma redução no pagamento das horas extra, cujo valor foi reduzido de 3,21 euros para 80 cêntimos. Além da recolha de assinaturas, o sindicato vai realizar plenários e convocou uma greve para ontem, entre as 10 e as 12 horas, no Hospital da Horta.



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