No dia 14 de Junho, por proposta da CDU, foi aprovado por unanimidade, na Assembleia Municipal da Amadora, um voto de pesar pela morte de Pedro Capão, militante do PCP desde a década de 40 do século XX, com «importantes tarefas partidárias na clandestinidade, o que lhe valeu duas prisões nas cadeias fascistas, em 1963 e 1968».
Pedro Capão foi operário tipógrafo, tendo trabalhado na Casa Portuguesa e, depois do 25 de Abril, fundador da Heska Portuguesa, empresa que esteve sediada na Amadora, tendo-se destacado no acompanhamento da publicação do Avante!, órgão central do PCP, ao qual se dedicou e com o qual colaborou mesmo depois de se ter reformado.
Ao longo da sua vida, Pedro Capão foi ainda eleito na Assembleia de Freguesia da Falagueira-Venda-Nova, e do seu executivo, tendo também feito parte da Assembleia Municipal, assim como da Comissão Concelhia do PCP da Amadora. «Revolucionário de inesgotável coragem, inteligência e serenidade, granjeou, entre os seus camaradas, amigos e colegas de trabalho e família, um enorme apreço e admiração, fruto da disciplina, fidelidade e modéstia com que encarava todas as tarefas e responsabilidades que lhe eram atribuídas pelo seu Partido de sempre, e da determinação com que lutou pelo Portugal de Abril», lê-se no voto de pesar.