Ingerência na Síria
Mais de 20 organizações nacionais já subscreveram um apelo em defesa da paz e contra a ingerência na Síria. No documento, alerta-se para o agravamento da situação na Síria, «com uma sucessão dramática de acontecimentos que não podem deixar de causar a maior preocupação em todos aqueles que defendem a paz, a soberania dos povos e a solução pacífica dos conflitos».
Entre outras situações, os subscritores dão o exemplo dos recentes casos dos atentados de Damasco e do bárbaro massacre de Houla, «acções de terrorismo amplamente divulgadas». «Estes acontecimentos serviram para o recrudescimento das pressões, ameaças e ingerências sobre a Síria, tendo vários países ocidentais expulsado os embaixadores sírios e Portugal cortado relações diplomáticas com o martirizado país do Médio Oriente – o que representa um novo golpe na busca de uma solução negociada para a situação que se vive na Síria e inscreve-se na tentativa de aí instigar uma guerra civil», lê-se no apelo, onde se rejeita «qualquer intervenção militar contra a Síria», se condena «as acções em curso para desestabilizar esse país, promovidas por potências estrangeiras» e se exige «uma investigação completa dos atentados de Damasco e dos massacres como o perpetrado em Houla e punição dos responsáveis», assim como o «retomar das relações diplomáticas entre Portugal e a Síria».