Fa­leceu, no dia 14 de Julho, José Fer­nando Salsa, fun­ci­o­nário do Par­tido no dis­trito de Lisboa desde 1978. Membro do PCP desde 1974, foi membro da Co­missão de Tra­ba­lha­dores e de­le­gado sin­dical na fá­brica Ba­lanço de Dois Portos e membro do Se­cre­ta­riado da cé­lula do Par­tido.

Foi membro do Se­cre­ta­riado do Or­ga­nismo de Di­recção dos Con­ce­lhos do Norte do dis­trito de Lisboa, da Co­missão de Fre­guesia de Vi­a­longa, da Co­missão Con­ce­lhia de Vila Franca de Xira e do seu Exe­cu­tivo, tendo sido res­pon­sável pelo Sector de Em­presas de Vila Franca de Xira. Foi ainda membro da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Lisboa do Par­tido entre a pri­meira e a sexta as­sem­bleias.

No seu fu­neral, re­a­li­zado an­te­ontem, Ar­mindo Mi­randa, da Co­missão Po­lí­tica, lem­brou o seu exemplo de «de­di­cação e en­trega ao tra­balho de mi­li­tância», pre­ci­sa­mente «um dos ele­mentos que faz a di­fe­rença do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês na so­ci­e­dade por­tu­guesa». Fer­nando Salsa foi, assim, «um de muitos que fi­zeram e fazem da sua vida uma luta ao ser­viço dos tra­ba­lha­dores e do povo, muitas vezes nas ta­refas menos vi­sí­veis, mas sempre das mais de­ci­sivas».

Como re­alçou ainda Ar­mindo Mi­randa, «re­cor­damos o Salsa pelo seu do­mínio da si­tu­ação dos pe­quenos agri­cul­tores, co­nhe­cendo tantos deles e os seus pro­blemas, cal­cor­re­ando de mo­to­ri­zada terra a terra, con­tac­tando casa a casa; re­cor­damos o Salsa nos con­tactos com os tra­ba­lha­dores à porta das em­presas às 11 da noite ou às 6 da manhã, com frio ou chuva, nos dias das lutas e em todos os dias que era pre­ciso; re­cor­damos o Salsa como um cons­trutor do Par­tido, sempre pre­o­cu­pado com a for­mação dos jo­vens mi­li­tantes».

Mas, frisou, «re­cor­damos o ca­ma­rada e amigo, so­li­dário, ge­ne­roso e sempre dis­po­nível para ajudar qual­quer ca­ma­rada, um homem bom, mo­desto, com os seus cri­té­rios pró­prios, de­ter­mi­nado, um co­mu­nista que dig­ni­ficou e de­fendeu o seu Par­tido e a sua luta em de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País».